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Meme coins: vale a pena investir em criptos que nasceram como piada?

Meme coins: vale a pena investir em criptos que nasceram como piada?

Dentro do agitado mercado de criptomoedas, uma das principais atrações são as meme coins, nome dado a criptoativos que, como o próprio nome diz, têm sua identidade atrelada a memes, ou seja, piadas criadas na internet que se tornam populares nas redes sociais e começam a ganhar identidade própria a ponto de serem atreladas a tokens e negociadas como valores mobiliários.

Nascidas em tese como forma de criticar tanto o sistema financeiro como o mercado de criptoativos, as meme coins se tornaram, em alguns casos, negócio de gente grande, causando ganhos e perdas razoáveis de valor entre investidores. Neste texto, vamos nos aprofundar no assunto das meme coins e falar sobre os cuidados que o investidor deve ter ao entrar nesse mercado.

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Meme coins: Dogecoin (DOGE), a pioneira

A convenção entre os analistas é que a primeira meme coin foi o Dogecoin, criado em 2013 pelos engenheiros de software Billy Markus e Jackson Palmer. Em tom de galhofa, eles decidiram que pretendiam criar uma alternativa ao Bitcoin, mas com o objetivo de mostrar que o sistema de criptoativos era falho e, ao mesmo tempo, megalomaníaco, ao se posicionar como uma alternativa ao mercado financeiro internacional. 

Para ampliar o tom de galhofa, os dois escolheram como símbolo o Doge, um meme comum feito a partir da imagem de um cachorro da raça japonesa Shiba Inu que, na foto, aparecia sempre espantado e com frases confusas escritas ao redor. Com o Doge como símbolo, a nova criptomoeda foi lançada.

Aos poucos, porém, o que era piada se tornou negócio sério e, ainda em 2013, caso de polícia, quando um hacker invadiu as carteiras do sistema de Dogecoin e conseguiu roubar para si milhões de unidades da moeda. Palmer deixaria a sociedade em 2015, alegando decepção com o mercado cripto, que, na sua visão, só servia para enriquecer os mais ricos.

Ao longo dos anos, a moeda caiu nas graças do bilionário sul-africano Elon Musk, dono da Tesla (TSLA) e desde 2022 do Twitter, e passou por picos de valor sempre ligados ao empresário. O último deles foi em abril deste ano, quando o Doge, seu símbolo, substituiu o passarinho azul na página principal do Twitter por uma semana.

Dogecoin (DOGE): imagem do cachorro símbolo da moeda na tela do Twitter
Reprodução

A criptomoeda disparou de valor no período, chegando a passar dos US$ 0,10, seu maior preço do ano. Os preços hoje estão mais baixos, na casa dos US$ 0,07, mas o moeda já movimenta mais de US$ 9 bilhões, segundo o site especializado CoinMarketCap.

Meme coins: as principais opções do momento

Além da Dogecoin, pelo menos outras três criptomoedas estão em forte movimentação nas últimas semanas, registrando altas à medida em que o mercado cripto sinaliza recuperação – na sexta-feira (23), o Bitcoin passou de US$ 31 mil, sua maior cotação do ano, depois de cair abaixo de US$ 25 mil na semana passada por causa da sinalização do Fed de que os juros nos EUA seguirão em viés de alta provavelmente até o fim do ano.

A onda do momento é o Pepe (PEPE), que tem como ícone um sapo verde também muito usado em memes com o sentido de esperto para os negócios. A moeda acumulou alta acima de 40% na última semana e movimentou mais de US$ 500 milhões nas últimas semanas, operando ainda com valores baixos, com várias casas depois da vírgula no preço em dólar: às 17h30 desta sexta-feira era cotada a US$ 0,000001645, o que equivale dizer que cada Pepe vale cerca de um milésimo de um centavo da moeda oficial norte-americana.

imagem Pepe Coin
Reprodução

Também vêm crescendo as negociações da Shiba Inu (SHIB), que usa o mesmo cachorro do Dogecoin, só que com ar mais sério, e o Floki (FLOKI), que traz um bichinho com chapéu de chifres, remetendo à estética dos vikings. Também é famosa entre os usuários a Sponge, moeda cujos caracteres são escritos com letras parecidas com esponjas, numa referência clara ao Bob Esponja, personagens dos desenhos animados.

Meme coins: vale a pena investir?

Os principais analistas do mercado alertam que as meme coins carregam consigo uma dose dobrada de risco. Primeiro, a volatilidade inerente aos investimentos com criptomoedas, que, como todo mercado de Renda Variável, não tem garantia de rentabilidade e está mais propenso a oscilações.

Todo o mercado cripto, por exemplo, foi afetado na semana passada pelo anúncio do Fed sobre os juros, já que taxas mais altas tendem a garantir um retorno maior para investimentos em Renda Fixa com riscos menores, e portanto atraem investidores de perfil mais conservador. 

Mas, mesmo na Renda Variável, o mercado cripto apresenta uma dose extra de volatilidade, devido à desconfiança de parte dos investidores, entre outros fatores, para a falta de lastro real de valor. As principais criptomoedas alegam que o mercado é mais seguro que o setor financeiro tradicional, com mais sigilo e sem uma centralização de poder.

No caso das meme coins, contudo, até mesmo muitos entusiastas do setor têm o pé atrás com o investimento, devido ao caráter irreverente do setor, que pode muitas vezes ser confundido com descaso com itens de segurança dentro das plataformas. Isso sem falar na facilidade para criar uma meme coin, que pode ser feita inclusive dentro das plataformas de suporte do Bitcoin e do Ethereum, entre outras.

No fim das contas, vale aquela dica que você já está acostumado a ler e ouvir aqui no EuQueroInvestir: manter a diversificação da carteira, evitando alocar boa parte dos recursos em uma só modalidade, e buscar ativos que sejam confiáveis, que possam dar ao investidor a segurança de que seu dinheiro vai ter mesmo boa rentabilidade sem risco de perder a liquidez.