O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, foi condenado a 25 anos de prisão nesta quinta-feira (28) por sua participação em uma fraude que afetou diretamente sua bolsa de criptomoedas e um fundo de hedge associado, a Alameda Research.
A sentença foi proferida pelo tribunal federal de Manhattan, em Nova York, nos Estados Unidos, e representou uma redução significativa em relação aos 40 a 50 anos de prisão que os promotores federais haviam inicialmente buscado para Bankman-Fried. No entanto, foi substancialmente maior do que a faixa de cinco a seis anos e meio sugerida pela defesa do empresário.
O juiz Lewis Kaplan, responsável pelo caso, expressou preocupação com o potencial futuro de Bankman-Fried em causar danos, afirmando que há o risco de que ele possa voltar a cometer ilicitudes no futuro e enfatizou que esse risco não deve ser subestimado.
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Durante o julgamento, Kaplan comentou que, em seus 30 anos na magistratura federal, nunca tinha testemunhado um desempenho como o depoimento dado por Bankman-Fried. O juiz destacou que, ainda que Bankman-Fried não tenha mentido de forma explícita durante o interrogatório dos promotores, ele teria dado declarações consideradas vagas em suas respostas.
Os jurados que julgaram o caso não aceitaram a versão dos acontecimentos apresentada por Bankman-Fried, resultando na sua condenação em novembro por sete acusações criminais. Ele foi responsabilizado pela perda de aproximadamente US$ 10 bilhões em dinheiro de clientes devido à fraude de valores mobiliários.
Os promotores argumentaram que Bankman-Fried liderou um esquema para desviar o dinheiro dos clientes, utilizá-lo em investimentos, financiar doações políticas tanto a democratas quanto a republicanos, além de utilizar parte desses recursos para seu benefício pessoal e para quitar empréstimos contraídos junto à Alameda Research.
Antes de ser condenado, Bankman-Fried expressou arrependimento, embora tenha sugerido que as perdas financeiras dos clientes foram resultado de uma “crise de liquidez” ou de “má gestão”, em vez de fraude.
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