Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Moedas
Notícias
Dólar e eleição: histórico da moeda ajuda a prever volatilidade

Dólar e eleição: histórico da moeda ajuda a prever volatilidade

Embora a eleição presidencial de 2026 ainda esteja distante, o mercado financeiro já começa a especular sobre os possíveis impactos do pleito no comportamento do dólar. Para o analista Felipe Paletta, da EQI Research, olhar para o histórico de anos eleitorais no Brasil pode ajudar a desenhar um cenário de expectativas — mesmo com as incertezas do futuro.

Paletta analisa como o dólar se comportou em diferentes janelas de tempo nas últimas quatro eleições presidenciais — 2010, 2014, 2018 e 2022. O movimento da moeda norte-americana frente ao real variou de forma significativa conforme o contexto político e econômico de cada período.

gráfico: comportamento do dólar em anos eleitorais

“É legal a gente fazer esse exercício de olhar para trás, olhar para diferentes janelas no tempo, em outros carnavais, o que aconteceu com o câmbio”, diz Paletta.

Segundo ele, entender esses movimentos ajuda o investidor a se “encaixar no tempo” e enxergar padrões que podem se repetir — ou não — nos próximos ciclos eleitorais.

O gráfico analisado por Paletta (imagem acima) mostra o desempenho do câmbio nos dois anos que antecedem as eleições e nos dois meses posteriores a cada pleito. Os dados revelam que em 2010 e 2022, houve uma apreciação do real, indicando maior otimismo por parte do mercado. “Em 2010, a economia brasileira ainda vinha crescendo muito forte. Já em 2022, havia uma expectativa de continuidade no governo”, explicou.

Já em 2014 e 2018, o cenário foi mais turbulento. “Em 2014, havia uma incerteza muito grande sobre o futuro do país. O mercado precificou essa instabilidade muito antes do pleito, e o câmbio continuou se depreciando após as eleições”, disse. No caso de 2018, apesar de uma guinada à direita e da agenda liberal proposta, o mercado hesitou diante da dúvida sobre o sucesso do plano econômico de Paulo Guedes. Soma-se a isso um cenário externo desfavorável, com elevação dos juros nos Estados Unidos e preocupações com a economia global.

Para 2026, o analista acredita que o Brasil vive hoje um “cenário intermediário” entre otimismo e cautela. “Claro que há bastante incerteza, como houve em 2014 e 2018. Ainda não está claro se vamos ver uma guinada à direita, como em outros países nos últimos dois anos, ou se vamos permanecer com o governo atual”, pondera.

A aposta, segundo Paletta, é de uma volatilidade mais moderada no câmbio em comparação às últimas quatro eleições.

“Não me parece que o mercado já esteja reagindo de maneira muito forte. Provavelmente teremos um comportamento mais contido, mas ainda assim, com espaço para surpresas, conforme o cenário político for se desenrolando.”

A mensagem para os investidores, portanto, é clara: observar o passado pode não trazer certezas absolutas, mas ajuda a preparar o terreno para o que vem pela frente.

Você leu sobre a relação entre eleição e dólar.  Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!