Após o halving do Bitcoin, há alguns meses, as criptomoedas têm entrado em um período de volatilidade, após esses ativos virtuais terem atingido máximas. Diante disso, qual o cenário para as criptomoedas em outubro?
Leonardo Gonçalves, Especialista da área de Criptoativos da EQI, explicou que com base nos ciclos anteriores e o ambiente macroeconômico favorável, há uma expectativa de que o Bitcoin possa atingir novas máximas históricas em 2024 e 2025. “Historicamente em cenário de flexibilização monetária e corte de juros vemos uma correlação positiva com a valorização nos ativos”, avaliou ele.
De acordo com ele, para os dois principais ativos, o time de estratégia costuma dividir em targets sendo US$ 120.000 em Bitcoin e US$ 8.000 em Ethereum no cenário mais arrojado.
Porém, de acordo com ele, essas estimativas consideram um cenário macro favorável dado que isso depende do apetite ao risco no mercado e da manutenção do ambiente de liquidez.
“Análises para o horizonte de 2024 e 2025, considerando também o amadurecimento do mercado regulatório e a maior adoção institucional, impulsionado por um mercado mais seguro e com maior entrada de capital”, completou ele.
Criptomoedas em outubro: conjuntura econômica
Gonçalves explicou ainda que os principais gatilhos considerados pelo time de estratégia pensamos para o mercado de cripto nesse mês são fatores como a continuidade nas reduções nas taxas de juros dos Estados Unidos. Espera-se que o Federal Reserve (Fed) continue cortando as taxas de juros, o que beneficia ativos de risco, incluindo criptomoedas.
Outro fator é o crescimento na adoção institucional, ou seja: grandes instituições financeiras continuam a aderir ao mercado cripto, o que aumenta a confiança e liquidez.
E por fim, a regulação favorável ao halving do Bitcoin neste ano. “Historicamente, o evento de halving sempre resultou em uma significativa valorização do BTC nos meses subsequentes”, avaliou ele.
“Neste cenário até as tensões geopolíticas pode impulsionar o Bitcoin, dado a tese do mercado ser como uma reserva de valor semelhante ao ouro. Mas vale mencionar que as altcoins não devem ser vistas dessa maneira dado que podem ser vistas com “empresas de tecnologia” com fundamentos pautados na evolução da tecnologia e adoção. Setor que tende a sofrer em um cenário como essa”, alerta o analista.
E agora? Como ficam as criptos?
O cenário atual para o mercado de criptomoedas é positivo, impulsionado por fatores macroeconômicos e microeconômicos, conforme ele explicou. Fatores como o corte de juros nos EUA e a flexibilização monetária global, estão injetando liquidez no mercado, o que estimula uma pressão compradora em criptoativos, principalmente no Bitcoin, considerado o principal ativo desse mercado.
De acordo com Gonçalves, um panorama mais mais estável da SEC, que é a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, e a mudança regulatória também têm contribuído para um ambiente mais favorável para o setor, impulsionando tanto o BTC quanto as altcoins.
“Claro que, temos que estar de olho em fatores que podem influenciar esse mercado como as tensões geopolíticas. Mas em suma os fatores positivos são prevalentes nesse mercado”, completou ele.
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