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Após a sequência de quedas do dólar, é hora comprar ou esperar mais um pouco?

Após a sequência de quedas do dólar, é hora comprar ou esperar mais um pouco?

Desde o início de 2025, o dólar tem apresentado uma forte desvalorização frente ao real. Após disparar para a faixa dos R$ 6,20 após a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA, a moeda norte-americana recuou e atualmente é negociada na casa dos R$ 5,78, chegando a atingir R$ 5,75 em alguns momentos. 

Com esse movimento de queda, muitos investidores e consumidores se perguntam se é o momento certo para comprar dólar ou se a moeda pode cair ainda mais.

Para esclarecer essas dúvidas, o portal EuQueroInvestir entrevistou Alexandre Viotto, head de banking da EQI Investimentos, que avalia o atual momento como uma boa oportunidade para quem precisa ter dólares.

 “Eu recomendo comprar sim, pelo menos uma parte considerável do que a pessoa precisa para obrigações futuras. O real valorizou bastante em 2025, entendo ser uma boa janela de oportunidade para quem deseja dolarizar ou internacionalizar seus ativos, ou mesmo fazer hedge cambial“, afirma Viotto.

Com essas fortes oscilações no câmbio, o head de câmbio destaca que a estratégia de compra também é um ponto importante para quem deseja internacionalizar o seu portfólio. 

O especialista sugere que quem precisar de dólares para viagens ou investimentos no exterior faça compras graduais. 

Comprar de forma constante, porém parcelada. Uma pessoa que vai viajar no meio do ano e espera gastar, por exemplo, US$ 2 mil, sugiro comprar US$ 400 por mês até a data da viagem. Assim, ele suaviza a volatilidade e trabalha com uma taxa média, sem depender da sorte ou especulação“, aconselha.

Já para empresas e investidores que dependem diretamente do câmbio, a solução passa pelo hedge cambial. “Empresas normalmente dependem de uma política de hedge, tendo em vista se proteger de grandes variações no valor da moeda“, explica Viotto.

Quanto à possibilidade de um piso técnico para o dólar, Viotto descarta essa ideia. “Não acho que tenha piso e muito menos teto. O próprio conceito de câmbio de equilíbrio é por si só falho por haver uma quantidade muito grande de variáveis que afetam a cotação. São fatores exatos e muitos inexatos, como, por exemplo, a expectativa dos investidores e analistas“, explica.

Dólar: perspectivas para o futuro

Sobre as perspectivas futuras, o analista pondera que o dólar pode oscilar dentro dos patamares atuais até que haja maior clareza sobre alguns fatores econômicos, como o cenário fiscal nos EUA e no Brasil. 

Até novos dados sobre o fiscal ou da relação do governo Trump com seus parceiros comerciais, entendo que devemos seguir com as taxas ao redor dos patamares atuais. A grande dúvida segue em relação ao comportamento da inflação e como isso deve impactar as decisões do Banco Central americano e o Bacen aqui no Brasil”, analisa.

Para os próximos meses, alguns eventos devem impactar a oscilação do câmbio, como as decisões do Federal Reserve (Fed), o cenário fiscal brasileiro e a política econômica do governo Trump. “A evolução do cenário inflacionário, impacto nas curvas de juros locais e Treasuries, fiscal e relação comercial do governo Trump com os parceiros comerciais dos EUA serão fatores determinantes“, finaliza.

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