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Vale propõe acordo de R$ 140 bi para reparação do rompimento da Barragem de Fundão

Vale propõe acordo de R$ 140 bi para reparação do rompimento da Barragem de Fundão

A Vale (VALE3) propôs o pagamento de R$ 140 bilhões para reparar o rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. Em uma nota, a mineradora esclareceu as informações divulgadas pelo jornal O Globo sobre essa proposta. 

Ela está sendo conduzida pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), envolvendo os Governos Estadual e Federal e outras entidades públicas. Além da Vale, a Samarco e a BHP Brasil também estão incluídas neste processo.

Segundo a Vale, as partes envolvidas buscam a liquidação definitiva das obrigações previstas no Termo de Compromisso (TTAC), na demanda judicial do Ministério Público Federal e em outras ações judiciais de entidades governamentais relacionadas ao rompimento da barragem da Samarco.

Como parte das negociações do acordo, a Samarco, Vale e BHP apresentaram uma nova proposta de acordo ao TRF-6 em 11 de junho, em resposta ao feedback das autoridades públicas. As empresas destacaram que os valores, prazos e condições da nova proposta eram sigilosos.

No entanto, a Vale decidiu divulgar o valor total de R$ 140 bilhões, uma vez que essas informações acabam sendo vazadas. Dos R$ 140 bilhões, R$ 37 bilhões correspondem a valores já investidos em reparação e compensação, um pagamento em dinheiro de R$ 82 bilhões a ser pago em 20 anos ao Governo Federal, aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios, e R$ 21 bilhões em obrigações a serem cumpridas.

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Os valores da nova proposta representam 100% do total, o que inclui uma contribuição de 50% da BHP Brasil e da Vale como devedores secundários, caso a Samarco não possa financiar como devedor primário.

Como um dos acionistas da Samarco, a Vale reafirma seu compromisso com ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão da Samarco.

Vale: desastre em Mariana tem mais de oito anos

A tragédia em Mariana já tem mais de oito anos. Ela aconteceu em 5 de novembro de 2015 e é considerada o pior desastre ambiental na história do Brasil.

A causa do acidente foi a ruptura da Barragem do Fundão, que era utilizada para armazenar os resíduos de minério de ferro da Samarco.

Este evento resultou na devastação do meio ambiente, poluição do rio e do solo, e um total de 19 vítimas fatais.

Ás 16h20, do dia 5 de novembro de 2015, a Barragem do Fundão não conseguiu conter os 55 milhões de metros cúbicos de lama que estavam armazenados em seu interior, resultando em sua ruptura.

Em apenas 15 minutos, a lama atingiu a pequena localidade de Bento Rodrigues, localizada a 8 quilômetros da barragem e com uma população de 620 habitantes. A cidade foi completamente soterrada pela lama, restando apenas escombros do que antes eram residências.

Durante 16 dias, a lama seguiu o curso do rio Doce, de 853 km de extensão, afetando as cidades ribeirinhas ao causar escassez de água, redução da pesca, do comércio e do turismo.

No dia 21 de novembro, a lama alcançou a bacia hidrográfica e os resíduos se espalharam por um raio de 80 quilômetros, causando sérios danos à indústria local.

No total, 39 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo, onde vivem 1,2 milhões de pessoas, foram afetados. Além disso, mais de dois mil hectares de terras ficaram submersos e inutilizados para a agricultura.

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