A UnionPay, maior operadora de cartões do mundo em volume de transações, está se preparando para estrear no mercado brasileiro. A previsão é que as operações comecem em agosto, por meio de uma parceria com a fintech nacional Left (Liberdade Econômica em Fintech), responsável pela emissão dos cartões e pela integração com bancos, maquininhas e sistemas de pagamento.
Com presença em mais de 180 países e mais de 7 bilhões de cartões emitidos no mundo, a UnionPay é líder em pagamentos na China e avança em sua expansão internacional.
A entrada no Brasil marca um passo importante para a diversificação do setor de pagamentos, tradicionalmente dominado por bandeiras norte-americanas como Visa (V; $ VISA34), Mastercard (MA; $ MSCD34) e American Express (AXP; $ AXPB34).
Além disso, a chegada da UnionPay ocorre em meio a crise tarifária entre Brasil e EUA. O presidente americano, Donald Trump, pediu uma investigação comercial contra o país sul-americano. Uma das queixas era o meio de pagamento eletrônico, o PIX, que poderia atrapalhar a atuação das bandeiras americanas no Brasil.
A nova bandeira também traz um diferencial: sua estrutura está ligada ao sistema chinês CIPS (Cross-Border Interbank Payment System), considerado uma alternativa ao SWIFT, principal rede de transferências bancárias internacionais. Isso pode permitir transações internacionais sem a necessidade de conversão via dólar.
A atuação da UnionPay ganhou notoriedade em 2022, quando passou a ser adotada por diversos bancos russos após a suspensão das operações da Visa e Mastercard na Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia. Naquele momento, a operadora chinesa se consolidou como alternativa para países afetados por sanções econômicas.
No Brasil, a operação será liderada pela fintech Left. A expectativa é que, até o final do ano, a função crédito esteja disponível para os usuários.
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