A GOL saiu da recuperação judicial Chapter 11 nos Estados Unidos após anunciar nesta sexta-feira a conclusão com êxito de sua reestruturação financeira. O processo foi supervisionado pela Corte de Falências de Nova York.
A companhia aérea levantou US$ 1,9 bilhão em financiamento durante o processo e quitou integralmente seu financiamento DIP (debtor-in-possession). Com isso, a empresa passa a operar com liquidez de aproximadamente US$ 900 milhões e alavancagem reduzida de 5,4 vezes, com projeção de alavancagem líquida inferior a 3 vezes até o final de 2027.
“Hoje somos significativamente mais fortes. Racionalizamos nossa frota, otimizamos nossos custos, redesenhamos nossa malha”, afirmou o CEO Celso Ferrer ao comentar o momento em que a GOL ($GOLL4) sai da recuperação judicial.
GOL saiu da recuperação judicial com operação fortalecida
Durante o período sob recuperação judicial, a GOL manteve suas operações e registrou desempenho operacional positivo. No ano passado, foi a companhia aérea mais pontual do Brasil e transportou 30 milhões de passageiros para 65 destinos domésticos e 16 internacionais.
A empresa também revisou mais de 50 motores de sua frota de Boeing 737 e prevê ter todas as aeronaves em operação até o primeiro trimestre de 2026. A unidade de fidelidade Smiles atingiu 24 milhões de clientes e registrou o maior faturamento de sua história, com R$ 5,3 bilhões.
A divisão logística GOLLOG superou pela primeira vez a marca de R$ 1 bilhão em receita anual, crescimento de 32% em relação a 2023, demonstrando a solidez dos negócios durante todo o processo até a GOL sair da recuperação judicial.
Mudanças acionárias marcam nova fase
Agora que a GOL saiu da recuperação judicial, o Conselho de Administração aprovou aumento de capital de R$ 12,02 bilhões por meio da capitalização de créditos, com emissão de mais de 9 bilhões de ações ordinárias e preferenciais.
Após a operação, o Abra Group Limited passou a controlar cerca de 80% das ações da GOL. A partir de 12 de junho, as ações da companhia passarão a ser negociadas na B3 com novos códigos – GOLL53 para ordinárias e GOLL54 para preferenciais – e novo fator de cotação de R$ por 1.000 ações.
A empresa prevê a entrega de cinco aeronaves Boeing 737 MAX em 2025 para expandir sua capacidade operacional, consolidando a nova etapa após a GOL sair da recuperação judicial.
Leia também: