No primeiro dia útil após as eleições da Argentina, o índice Merval, da bolsa de valores de Buenos Aires, dispara mais de 17% na tarde desta terça-feira (21). Por volta das 14h30, a bolsa argentina atingia 758.610 pontos e elevação de 17,54%.
A pontuação é bem maior do que a registrado no fechamento da sexta-feira (17), último dia de negociações antes das eleições do país. Naquele dia, a bolsa havia encerrado com elevação de 7,11%, aos 645.079 pontos.
Trata-se de um movimento bem diferente da que ocorreu logo após o paso – as prévias do pleito presidencial do país – quando a bolsa sofreu uma correção chegando a cair perto de 18%, no acumulado de uma semana.
As eleições do país terminaram com a vitória do ultraliberal Javier Milei, da coalizão La Libertad Avanza. Ele recebeu pouco mais de 55% dos votos e já fez alguns anúncios. Ele citou a formação de oito ministérios, 11 a menos do que seu antecessor, Alberto Fernandez.
O economista ultraliberal, que é membro da coalizão A Liberdade Avança, conquistou a Presidência da Argentina neste domingo (19), com 55,95% dos votos, segundo a apuração de 86% das urnas. Sergio Massa, candidato da coligação governista e atual ministro da Economia, reconheceu a derrota, alcançando 44,04% dos votos.
Eleições da Argentina disparam papéis negociados em NY
Ontem, no primeiro dia após as eleições da Argentina e durante o feriado argentino do Dia da Soberania, as ações de companhias do país listadas na bolsa de Nova York, nos Estados Unidos, chegaram a subir em torno de 30%.
Entre as empresas que registram a maior elevação, está a petroleira YPF – que hoje é uma empresa estatal de petróleo e gás natural. A companhia, aliás, poderá ser privatizada no governo Milei. Em entrevista à rádio portenha Mitre, o presidente eleito adiantou que pretende vender 51% das ações da companhia, retirando o controle das mãos do estado.
Outra companhia estatal que poderá ser privatizada é a Enarsa. Milei disse, em sua entrevista, que as duas companhias cumprirão um papel considerado fundamental na transição energética do país e terão as estruturas “racionalizadas”, conforme disse Milei após as eleições da Argentina.
