Como o investidor brasileiro pode acessar o mercado de ativos chineses? Essa é uma das principais dúvidas atualmente, e o analista Marink Martins aborda o tema associado à China. Segundo ele, os asiáticos vivem um momento totalmente diferente em relação ao mercado norte-americano, por exemplo, e ele sugere o uso de ETFs, como o $XINA11, como forma de acessar aquele mercado.
“O país hoje dispõe de uma taxa de juros de longo prazo em torno de 1,5%, bem abaixo da americana. Então é a vez da China comandar o mundo e fazer com que suas empresas se beneficiem disso”, comentou.
Para compreender esse movimento, Martins explica que há uma transformação em curso no país asiático. Antes, a economia chinesa era fortemente voltada à construção civil. Agora, passa por um período de transição, com redução do foco nesse setor e maior ênfase na indústria. Com isso, a China pode ser considerada hoje a grande fábrica do mundo — o único país da história a registrar um superávit comercial de US$ 1 trilhão.
Martins destacou ainda que, no ano passado, os chineses mudaram sua postura em relação ao próprio mercado de capitais, passando a dar mais importância à renda variável e deixando de drenar recursos desse segmento.
“A China estava num processo de transformação, tendo que investir em suas fábricas. E hoje isso está mudando: começa a injetar liquidez”, afirma.

Ativos chineses: yuan tem valorização expressiva
Além disso, no câmbio, o yuan começa a se valorizar de forma mais expressiva frente ao dólar. Até agora, boa parte da desvalorização do dólar foi impulsionada pela valorização do euro, o que tende a deixar o investidor mais otimista com o mercado acionário.
Para investir corretamente, a diversificação é apontada como um fator essencial, proporcionando uma relação risco-retorno mais equilibrada do que uma carteira concentrada. O $XINA11, por exemplo, oferece uma carteira composta por cerca de 550 empresas.
“Então, talvez eu argumente aqui que, para investir na China, seja melhor pensar nas grandes empresas. Muitas delas estão justamente naquele ETF lá fora, o FXI, que é até um dos veículos nos quais invisto na carteira do EQI Global Portfolio. Ele reúne ações de 50 empresas”, completou Martins.
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