O Brasil é top 2 no ranking dos países mais digitalizados, segundo levantamento do Banco Mundial, que considera o estado atual da transformação digital de serviços públicos em 198 países.
A pesquisa, denominada GovTech Maturity Index 2022, aponta que o Brasil teve o maior avanço entre as nações avaliadas, subindo cinco posições em relação ao ranking divulgado em 2021, passando do sétimo para o segundo lugar e tornando-se líder em governo digital no Ocidente.
O relatório indica que o país vem se destacando mundialmente na oferta de serviços públicos digitais por meio da plataforma gov.br, que já conta com 140 milhões de usuários – o que equivale a 80% da população brasileira acima de 18 anos.
Também traz que o gov.br permite o acesso com senha única a milhares de serviços digitais e facilita a obtenção de informações e o relacionamento do cidadão com o governo.

Países mais digitalizados
Embora a pesquisa trate a transformação digital de serviços públicos, o Brasil desponta também na iniciativa privada.
Ainda que não haja um levantamento acerca do tema, pontuando as nações cujas empresas estão na dianteira, é preciso destacar que o Brasil vive um boom na relação público-organizações, como pode ser visto, por exemplo, no segmento financeiro.
Acontece que até pouco tempo o país era dominado, neste segmento, por cinco bancos, considerados tradicionais e, consequentemente, burocráticos.
Esse “peso” acabou abrindo brecha para novas instituições, as chamadas fintechs – termo que designa a junção finanças e tecnologia. A partir desse nicho surgiram o Nubank (NUBR33), Banco Inter (INBR31), o C6 Bank e outros mais.
O avanço dos neobancos foi rápido e obrigou as instituições tradicionais a correrem atrás do prejuízo. Rapidamente o Bradesco (BBDC4) colocou na praça o next, seu banco digital, seguido do Itaú Unibanco (ITUB4), com o iti.
Outros bancos tradicionais optaram por apenas melhorar a experiência do usuário por meio de aplicativos próprios, e não desenvolver uma nova empresa. É o caso do Banco do Brasil, que é uma instituição pública, e da Caixa Econômica, outra instituição pública, com o app Caixa Tem.
Confira alguns dos bancos digitais bem ranqueados:
- Neon
- Banco PAN
- BMG
- Banco Inter
- Santander
- Banco Next
- C6 Bank
- Nubank
- AgiBank
- Banco Original
Vale lembrar que os bancos digitais são instituições bancárias regularizadas pelo Banco Central e protegidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Desta forma, os depósitos feitos em contas digitais têm a mesma proteção de um banco convencional.
A diferença para o modelo tradicional é que os novos bancos digitais não têm agências físicas. Todo o processo desde a abertura de conta, incluindo movimentações e atendimento, é feito de forma virtual, pelo aplicativo.
Plataforma BTG (BPAC11)
O BTG (BPAC11), por sua vez, tem a melhor plataforma para investir no Brasil, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV).
A instituição já é o maior banco de investimentos da América Latina e a avaliação da fundação reforça a estratégia adotada pelo BTG há décadas: colocar à disposição de seu público produtos e serviços diferenciados ancorados em plataformas de ponta no quesito tecnologia.
Isso porque o brasileiro já se deu conta de que a tecnologia é uma realidade presente no seu dia a dia e não faz mais sentido ficar refém de empresas e instituições cujos serviços, por melhores que sejam, não estão apoiados em velocidade e desburocratização.
Em relação ao app do BTG, além de premiado, o recurso é um dos mais bem avaliados nas lojas de aplicativos pelos próprios clientes.
Outro diferencial é que o BTG Pactual é a única plataforma que oferece atendimento 24×7 com profissionais capacitados. Seja pelo chat direto no app ou telefone, o cliente fala com uma pessoa.
No ano passado, inclusive, a empresa venceu a categoria neobancos no prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente.
Agro é… tech
Saindo do segmento financeiro e entrando no agronegócio brasileiro, algumas das principais empresas que atuam como processadoras de alimentos têm um pezinho em tech. É o caso da JBS que iniciou este ano o monitoramento de fornecedor indireto de gado com blockchain.
A companhia informou que a ideia é que próprios pecuaristas façam voluntariamente o cadastro de seus fornecedores. Entretanto, a empresa já realiza o monitoramento de 100% dos fornecedores diretos de animais.
A Marfrig (MRFG3) vai na mesma toada, com controle de origem por meio do blockchain, sendo que a rastreabilidade de toda a cadeia é pautada em metas.
A companhia espera, com isso, atender seus cinco princípios, que são o bem-estar animal, emissões de gases de efeito estufa, recursos naturais, efluentes e resíduos e responsabilidade social.
A empresa é líder global na produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de proteína bovina do mundo.
Nem público, nem privado
Talvez a principal instituição que desponte, atualmente, no Brasil, quando o assunto é recursos tecnológicos aplicados à vida do cidadão comum é o Banco Central (BC).
A autoridade monetária é uma autarquia de governo, mas como a discussão acerca de autonomia ou independência está em evidência, há quem não tenha certeza de que se trata de uma instituição pública ou provada. Mas isso é assunto para os corredores de Brasília.
O que interessa do BC para o brasileiro é um recurso chamado PIX. Este é um sistema de pagamentos e transferências eletrônicas instantâneo que caiu no gosto da população e já desbancou o TED e o DOC, outras duas modalidades de transferências que, à época de seu lançamento, em meados dos anos 1980, já eram revolucionários.
Ainda assim o PIX é um ponto fora da curva, com a tecnologia sendo, inclusive, vendida para países da América Latina, que aderiram ao modelo, ou sendo estudadas por outras nações, a exemplo dos EUA que ao invés de comprarem a tecnologia preferiram analisar o mecanismo para desenvolver sua própria aplicação.
Futuro (muito) próximo
Embora o segmento de tecnologia tenha andado de lado ao longo de 2022, com algumas das maiores organizações anunciando demissões em massa, e isso também ocorreu no Brasil, o que o país já alcançou em termos de recursos e serviços é algo que não volta mais atrás.
A tendência é que em um futuro (muito) próximo, novas aplicações cheguem para facilitar ainda mais a vida do brasileiro e isso deverá colocar, novamente, o país em evidência perante outras nações.
Ao menos, é o que se espera com o real digital, que está em fase de implementação pelo BC, bem como pela biometria facial, que já está sendo utilizada em boa parte do comercio brasileiro, e permite que o cliente, sem a posse do celular, consiga fazer compras.
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