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Magalu (MGLU3), teto de gastos e ata do Fomc agitam semana

Magalu (MGLU3), teto de gastos e ata do Fomc agitam semana

A agenda econômica da semana terá prévias de índices inflacionários e a continuação da temporada de anúncios de resultados corporativos do segundo trimestre — com o destaque para o do Magazine Luíza.

Nesta segunda-feira, a varejista Magazine Luiza (MGLU3) reportou um prejuízo de R$ 64,5 mi no segundo trimestre de 2020, revertendo lucro de R$ 386,6 milhões no mesmo período de 2019.

De acordo com a empresa, o resultado foi impactado principalmente pelo fechamento temporário das lojas físicas no trimestre.

No exterior haverá o anúncio da ata do Fomc, o Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês) do Federal Reserve, e a divulgação de PMIs.

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No Brasil, investidores também ficarão de olho em notícias de Brasília: prossegue a discussão sobre o teto de gastos, que pautou o noticiário da última semana e mexeu com o humor do mercado.

Bolsa teve segunda semana seguida de queda

Bolsa tenta recuperação

A bolsa de valores fechou a segunda semana de agosto com baixa de 1,38%.

A sexta-feira (14) ainda tentou minimizar as perdas, ganhando 0,89%, mas não teve jeito. O índice acabou a semana com 101,353,45 pontos.

Ontem, com menos 1,62%, ficou com 100.460,60, engatando a terceira perda seguida.

É a segunda semana seguida de queda da bolsa brasileira. Na anterior, de 3 a 7 de agosto, acabou com menos 0,13%.

No acumulado do mês de agosto, o índice está perdendo 1,51%. No ano, as perdas acumuladas estão em 12,36%.

Incertezas

Os índices, aqui e no exterior, continuam sob incertezas. O aumento de casos de coronavírus na Europa, sobretudo França, Espanha e Alemanha, continua sob atenção, com impacto no mercado.

Este fator pode indicar uma piora no quadro econômico global. A espera por uma vacina contra a Covid-19 é outro fator que influencia o radar do mercado

Nos EUA a eleição presidencial está próxima, o que acentua tensão entre republicanos e democratas. O quadro dificulta o desfecho das negociações para o novo pacote de estímulo de US$ 1 trilhão.

A tensão comercial e diplomática entre EUA e China prossegue sob o olhar apreensivo dos investidores.

Alcolumbre e Maia endossaram discurso de Bolsonaro sobre o teto de gastos

Debate sobre o teto de gastos

Na semana anterior a discussão sobre o teto de gastos, limite estabelecido na Constituição em 2016 para impedir o aumento de despesas no Orçamento que será elaborado para o ano seguinte, dominou o noticiário.

O debate certamente terá novos capítulos nos próximos dias.

Um resumo do que ocorreu: o presidente Jair Bolsonaro publicou uma mensagem no Facebook na quarta-feira (12) em que defendeu as privatizações e o teto dos gastos.

Reafirmou a defesa da emenda do teto de gastos públicos e de uma agenda de responsabilidade fiscal.

A manifestação ocorreu no dia seguinte ao anúncio de demissão de mais dois importantes colaboradores do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Equilíbrio fiscal

Na mesma quarta Bolsonaro se reuniu com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que também endossaram os mesmos pontos.

Mas, na quinta, durante live no Facebook, Bolsonaro admitiu a ideia de furar o teto.

“Na pandemia, temos a PEC de Guerra. Nós já furamos o teto em mais ou menos R$ 700 bilhões. Dá para furar mais R$ 20 bilhões? Se a justificativa for para o vírus, sem problema nenhum”, disse Bolsonaro.

A aprovação de Bolsonaro subiu esta semana, de acordo com pesquisa do Datafolha.

A alta foi atribuída justamente às medidas emergenciais do governo na pandemia, que aumentaram os gastos.

As afirmações de Bolsonaro afetaram o desempenho da Bolsa, causando altas e baixas.

A saída de dois integrantes da equipe econômica na terça e até boatos sobre a saída de Guedes — ventilados na imprensa — causaram volatilidade.

Mas, na sexta, Bolsonaro voltou a defender o equilíbrio fiscal. A semana continua sob esse clima de indefinições sobre o tema.

Indicadores

A agenda nacional da semana terá ainda prévias da inflação.

Na terça (18) sai a segunda prévia de agosto do IGP-M.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que ajusta os aluguéis, avançou 1,46% nos primeiros dez dias de agosto.

No mesmo período do mês passado, a variação era de 1,18%. Em julho, o indicador fechou em 2,23%, segundo divulgação feita nesta segunda-feira (10) pela Fundação Getulio Vargas.

Outra prévia, a do IPC-S, será anunciada na segunda.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), divulgado pela Fundação Getulio Vargas, avançou para 0,54% na primeira semana do mês, ante 0,49% da semana anterior.

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Foi a primeira leitura do mês de agosto. E aferiu um avanço semanal depois de duas leituras com recuo nos preços.

Já o  IPC-Fipe será divulgado na terça (18).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe), indicador de inflação que mede a variação de preços na cidade de São Paulo, variou 0,28% na primeira prévia de agosto.

Em julho, o índice variou 0,25%, com redução em relação a maio, quando subiu 0,39%.

 

No primeiro trimestre, a empresa reportou lucro líquido de R$ 30,8 milhões

Magalu (MGLU3): balanço é destaque

A temporada de balanços do segundo trimestre continua esta semana.

Além de Magazine Luíza outros balanços estão programados:

Alliar (AALR3) e Cogna (COGN3), que saem na quinta, Dasa (DASA3),  na sexta, e C&A (CEAB3), na quarta, são algumas das companhias que vão soltar seus resultados.

Balanço dos balanços: as principais empresas mostram em números um retrato do 2TRI20

Veja a programação completa de balanços da semana

Segunda (17)

Balanço:

  • Magazine Luiza (MGLU3), após o fechamento;

Teleconferências:

  • Cemig (CMIG4): às 14h;
  • Le Lis Blanc (LLIS3), às 10h;
  • Lopes Brasil ((LPSB3)), às 12h;
  • PDG Realty (PDGR3), às11h;
  • Direcional (DIRR3), às 9h;
  • Cosan Log (RLOG3);
  • Priner (PRNR3), às 11h;
  • Profarma (PFRM3), às 10h;

Terça (18)

Teleconferências

  • Magazine Luiza (MGLU3), às 11h

Quarta (19)

Balanço:

  • C&A (CEAB3), após o fechamento;

Quinta (20)

Balanços:

  • Alliar (AALR3), após o fechamento;
  • Cogna (COGN3), após o fechamento;

Teleconferências:

  • C&A (CEAB3), às 11h;

Sexta (21)

Balanços:

  • Dasa (DASA3), após o fechamento;

Teleconferências:

  • Alliar (AALR3), às 12h30;
  • Cogna (COGN3), às 10h;

 

Agenda externa: ata do Fomc

O exterior terá como um dos principais pontos de atenção o anúncio da ata do Fomc, na quarta (19).

No último dia 28 de julho, o Fed manteve as taxas de juros entre zero e 0,25%.

Justificou a decisão dizendo que a atividade econômica e emprego melhoraram nos Estados Unidos, mas permanecem em patamares mais baixos dos registrados antes da pandemia.

O Fed acrescentou que os rumos da economia dependerão do novo coronavírus. Os números da pandemia vêm aumentando nas últimas semanas.

A ata dará ainda mais indicativos dos rumos da política monetária americana.

Na última ata, divulgada em 1º de julho, o Fomc informou que projeta juros perto de 0,10% pelo menos até o fim de 2022.

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PMIs

A semana terá ainda, na sexta (21), o anúncio do Índices de Gerente de Compras (PMI) dos EUA, da indústria e do setor de serviços. Os números trarão sinais de reforço da recuperação econômica – ou não.

O índice composto dos Estados Unidos ficou em 50,3 pontos em julho, ante 47,9 de junho. A projeção do mercado era por leitura de 50 pontos. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (5) pela IHS Markit.

O PMI composto é formado pelos dados do setor de serviços e da indústria. E leituras acima de 50 pontos indicam crescimento da atividade econômica.

O PMI de serviços ficou em 50 pontos em julho, ante 47,9 do mês anterior. A expectativa era por 49,6 pontos.

PMI industrial tinha decepcionado, subindo apenas um ponto: ficou em 50,9 pontos em julho, ante 49,8 de junho, e abaixo da projeção de 51,3 pontos.

Alemanha e a zona do Euro também verão novos resultados dos índices PMI na sexta.

O PMI composto da zona do euro, que compreende os setores industrial e de serviço, ficou em 54,9 em julho, a leitura mais alta em dois anos. Em junho, era de 48,5 pontos. A projeção do mercado era por 54,8.