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Na Argentina, Lula defende parcerias com o Brasil e crescimento conjunto

Na Argentina, Lula defende parcerias com o Brasil e crescimento conjunto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o estímulo às relações comerciais e políticas entre o Brasil e a Argentina como parte importante de sua agenda internacional. A presença de Lula na Argentina representa a primeira viagem do presidente neste terceiro mandato, iniciado no último dia 1º de janeiro.

A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, isoladamente, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Os dois países assinaram nesta segunda-feira (23) um memorando para estudos de integração econômica e financeira, além de acordos bilaterais de cooperação, nas áreas de ciência e tecnologia, saúde.

Entre os termos do memorando assinado pelo ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, e seu equivalente argentino, Sergio Massa, estão o início de estudos para a criação de uma moeda comum, virtual, que seria usada nas transações comerciais entre os dois países, estimadas em cerca de US$ 28,3 bilhões em 2022 (US$ 15,3 bilhões em exportações brasileiras e US$ 13 bilhões em importações).

Questionado sobre a possibilidade da moeda comum, Lula disse que a ideia é que as equipes econômicas possam juntas fazer uma proposta de comércio exterior e de transações entre os dois países “que sejam feitas numa moeda comum a ser construídas com muitos debates e muitas reuniões”.

O presidente brasileiro disse ainda que gostaria de buscar moedas comuns para realizar transações comerciais com outros agentes, como o restante do Mercosul e dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, grupo dos principais países emergentes) , para buscar uma independência em relação ao dólar.

“É necessário que aconteça porque alguns países têm dificuldade de adquirir o dólar e você pode estabelecer uma moeda para o comércio em que os bancos centrais façam ajustes de tempos em tempos. Entendo que o assunto desperta curiosidade porque tudo que é novo causa estranheza, mas precisa ser testado, porque não podemos fazer no século 21 o mesmo que fazíamos no século 20”, concluiu Lula.

Fernández disse que a Argentina tem interesse no tema porque “sabemos como funciona quando países se tornam dependentes de moedas estrangeiras”.

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Relação Brasil-Argentina além da economia

“Hoje é um dia de celebração entre Brasil e Argentina”, discursou o presidente brasleiro, lembrando que em 2003, em seu primeiro mandato, também fez sua primeira viagem internacional à Argentina. Aquilo foi um gesto de que queríamos construir uma relação privilegiada com toda a América do Sul e a América Latina’. disse Lula, prometendo construir uma relação “de paz e  produtiva” com o país vizinho.

“Nossos empresários já compreendem e devem compreender cada vez mais o peso e a importância que a Argentina tem para o país, assim como os argentinos devem entender o que significa o Brasil”, prosseguiu Lula, pedindo ainda proximidade entre as universidades dos dois países. “Uma boa relação não é só econômica, mas também científica, cultural e política.” 

Lula brincou que torceu para a Argentina na final da Copa do Mundo, que a seleção vizinha venceu contra a França, em dezembro, no Catar, “porque Messi não poderia terminar a carreira dele sem ser campeão do mundo”. “Foi, tá bom, chega, agora tem que ser a vez do Brasil.” 

O presidente também celebrou o que chamou de retorno dos turistas argentinos a Santa Catarina, e pediu que eles conheçam também o Nordeste, “especialmente meu Estado natal, Pernambuco”.

Depois, Lula defendeu que vai estender as parcerias não apenas com a Argentina, mas com toda a América Latina. “Um país como o Brasil precisa ter amigos, construir parceiros e sócios”, disse o presidente. Nesta terça-feira (24), o presidente participa da reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Lula tem encontro cancelado com Maduro na Argentina

O presidente Lula tinha marcado um encontro em Buenos Aires com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mas a agenda foi cancelada, sem explicações da assessoria da Presidência.

Em declaração ao lado de Fernández, Lula disse que gostaria de se estabelecer como “construtor da paz” e que espera o uso do diálogo para resolver a solução política na Venezuela.

“Vamos resolver com diálogo, não com ofensas, bloqueios e ameaças de ocupação. Vamos restabelecer a relação civilizada em países autônomos, livres e independentes”, disse Lula.

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