Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Investimento no Exterior
Notícias
Com os juros altos, EUA viraram o país da Renda Fixa, avalia estrategista da Avenue

Com os juros altos, EUA viraram o país da Renda Fixa, avalia estrategista da Avenue

Os Estados Unidos (EUA) são conhecidos por serem um país com a cultura de investir em Renda Variável, principalmente em ações. Contudo, essa característica pode estar mudando e os americanos podem estar migrando para a Renda Fixa. Pelo menos essa é a avaliação do estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, em entrevista ao Brazil Journal.  

Por qual razão, os americanos estão trocando a renda variável pela fixa? 

Na avaliação de Castro, o motivo é a alta de juros, que está no intervalo entre 4,50% e 4,75% ao ano. “A taxa de juros dos EUA é a maior em décadas. Não vimos esses patamares de juros desde 2007. Então, para quem quer investir aqui nos EUA, eu até brinquei que é o país da renda fixa. Tradicionalmente nunca foi assim. Nunca vimos os EUA como um país de investimento em renda fixa”, explica. 

Segundo o estrategista da Avenue, atualmente, há a possibilidade de investir em títulos do tesouro dos EUA, que oferecem remuneração de 4% ou 5%, a depender do prazo e horizonte de investimento escolhido. 

Essa remuneração é oferecida em dólares, uma moeda forte. Nesse sentido, acreditamos que é um momento oportuno para aproveitar essas opções de renda fixa. Essa é a direção que consideramos ser a mais vantajosa para nossos clientes em 2023”, complementa. 

Dentre os títulos recomendados pela Avenue, Castro cita os títulos do governo americano, títulos de dívida de empresas Investment Grade e de Short Duration. Na avaliação dele, essa é uma oportunidade para pegar ativos com altas taxas concentradas no curto prazo. 

Além disso, ele aponta que há espaço para títulos soberanos de outros países e, para quem tem o perfil mais arrojado, títulos de países emergentes, que “remuneram bem e podem ser uma alternativa para compor a carteira”.

Castro Alves pondera que uma provável recessão nos EUA, as empresas mais alavancadas, aquelas consideradas high yield, representam um risco mais elevado. “É em cenários de recessão que muitas dessas empresas sucumbem e não conseguem honrar seus compromissos. Então, entendemos que esse território é um pouco arriscado mesmo dentro do espectro de renda fixa”, elucida.