Está marcada para este sábado (6) a coroação do rei Charles III, do Reino Unido. Esta é uma cerimônia majoritariamente religiosa, pois irá ungir o novo monarca do país. A última cerimônia do tipo havia ocorrido há 70 anos, em 1953, na ascensão da mãe de Charles, a rainha Elizabeth II, falecida no ano passado após um longo reinado.
A coroação de amanhã refletirá os novos tempos e será bem mais simplificada do que a da mãe. Na época, a cerimônia de Elizabeth II durou aproximadamente três horas, mas desta vez será bem mais curta. E embora seja uma cerimônia de cunho religioso, será acompanhada por diversos chefes de estado, pois também tem um caráter político.
Os números refletem essa diferença: a coroação da rainha teve 8 mil convidados e a do filho terá aproximadamente 2 mil pessoas na Abadia de Westminster, em Londres. Entre os chefes de estado presentes está o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Coroação do rei Charles III: entenda como será o impacto econômico
Mas o que a coroação impacta na economia inglesa? O turismo é, de longe, a principal área que será positivamente influenciada pelo evento. Isso porque muitas pessoas de várias partes do mundo viajaram para a Inglaterra para acompanhar um momento histórico que havia ocorrido pela última vez há sete décadas, dando início ao longínquo reinado de Elizabeth II.
Na noite seguinte à coroação, no domingo (7), ocorrerão shows musicais nas proximidades do Palácio de Buckingham. Estarão presentes nomes como Kate Perry, Lionel Richie, além de músicos ingleses famosos nos anos 1990.
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Na programação musical mais erudita, ocorrerão apresentações do tenor italiano Andrea Boccelli e do galês Bryn Terfel, Além disso, outro tipo de movimentação financeira ocorrer no país, além do entretenimento.
O governo britânico espera um crescimento de 10% no volume de visitantes internacionais no país que foram para acompanhar a coroação. Além disso, o comércio de rua prepara itens de lembranças para os turistas. O segmento de serviços também registrou crescimento como restaurantes, hotéis e bares. A expectativa é que o setor de serviços movimento 100 milhões de libras no dia da coroação.
Novo rei, problemas antigos
A coroação, um grande evento que reunirá milhares de pessoas e shows de música, movimentará esses três dias da capital inglesa. Porém, não solucionará de pronto os diversos problemas da economia do país. Estimativas dão conta de que o Produto Interno Bruto (PIB) britânico recue 0,3%, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), sendo uma das maiores retrações dos países que fazem parte do G20.
Nas últimas reuniões, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) tem feito elevações nas taxas de juros do país. No fim de março, a instituição elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, após a inflação no país ter chegado a 10,4% em fevereiro, acima da projeção e em meio a um cenário de preocupações com relação ao funcionamento do sistema bancário, após a crise dos bancos.
O MPC, que é o comitê de política monetária inglês, votou por esse percentual de aumento tendo sete votos a favor e dois contra. Com isso, os juros vão para 4,25%, em linha com o que o mercado do Reino Unido esperava.
Além disso, a população vem enfrentando graves problemas para conseguir arcar com as despesas, como os elevados preços de energia – que andam altos por conta da guerra na Ucrânia.
A fortuna do rei
O novo monarca tem uma fortuna estimada em aproximadamente 1,8 bilhão de libras, o que dá aproximadamente R$ 11 bilhões. Estudo do jornal The Guardian demonstrou que fazem parte dos bens pinturas clássicas, carros, cavalos de corrida e até mesmo, selos raros. Tudo isso foi somado pela publicação e eles chegaram a esse valor.
Esse montante foi deixado por sua mãe, a dona anterior desse patrimônio. Há ainda algumas propriedades pessoais como a casa de campo de Sandringham, no interior da Inglaterra, e o castelo Balmoral, na Escócia – que não fazem parte da Real Estate (propriedades que pertencem à Coroa e não ao monarca).
Apesar da fortuna, Charles III não pagou imposto pela transmissão da herança da mãe. Isso porque, pelas leis inglesas, a família real possui imunidade ao imposto por herança.
Com relação aos bens móveis, a coleção do rei tem vários veículos das marcas Rolls-Royce, Bentley e Jaguar. Mas nem todos pertencem a Charles III: uma parte dos veículos ficam “emprestados” pelos fabricantes para uso da Coroa, conforme aponta o The Guardian.
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