O Índice de Confiança da Construção (ICST) teve alta de 4,8 pontos em abril, chegando a 97,7 pontos. É o maior registro do índice desde janeiro de 2014, quando ele foi de 97,8 pontos. Os números foram divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre).
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A alta do ICST resultou da combinação de uma avaliação mais favorável sobre o momento atual e da melhora das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 2,4 pontos, para 94,4, maior nível desde junho de 2014 (95,2 pontos).
A melhora da confiança foi influenciada tanto pela melhora do indicador de carteira de contratos, que subiu 1,4 ponto, para 95,8 pontos, quanto pelo avanço de 3,1 pontos do indicador que mede a situação atual dos negócios, para 92,9 pontos. Vale a ressalva que todos os indicadores permanecem abaixo de 100, o que mostra ainda uma insatisfação sobre o momento.
Confiança e otimismo de médio e longo prazo
O Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 7,1 pontos, maior variação mensal desde julho de 2020 (8,5 pontos), atingindo 101,0 pontos. A alta foi suficiente para devolver toda a queda registrada no mês passado.
O resultado se deve à melhora das perspectivas sobre a demanda nos próximos três meses, que subiu 5,5 pontos, para 103,4 pontos, e à alta de 8,7 pontos do indicador que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses para 98,5 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção variou -0,2 ponto percentual (p.p), para 75,8%. O Nuci de Mão de Obra e Nuci de Máquinas e Equipamento tiveram variações contrárias. O primeiro cedeu 0,4 p.p., para 77,0%, e o segundo aumentou 1,7 p.p., para 72,4%.
Melhora na perspectiva de emprego
O indicador de emprego previsto avançou 13,6 pontos na comparação interanual – com alta em todos os segmentos setoriais. “A despeito das oscilações do humor em relação ao que vai acontecer nos próximos meses, a melhora em relação às perspectivas de contratação traduz o ciclo recente de retomada das atividades”, avaliou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV-Ibre.
“Em abril, houve um salto das expectativas dos empresários da construção, passando a indicar uma percepção de otimismo. Desde setembro do ano passado, a percepção em relação aos próximos meses oscila entre altos e baixos, o que sinaliza a dificuldade das empresas em visualizar a direção dos negócios no contexto atual, de muitas incertezas. Deve-se notar que o Índice de Confiança, mesmo com a alta mensal de seus dois componentes, ainda mostra uma percepção de pessimismo moderado. De todo modo, o saldo consolidado é positivo – houve melhora da confiança no ano, o que vai ao encontro das projeções de crescimento da atividade em 2022”, concluiu a pesquisadora.
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