O Índice de Atividade Econômica do Banco Central teve alta de 0,33% em dezembro. O IBC-Br é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), e marcou elevação de 1,30% na comparação anual.
De acordo com o BC, a alta no ano e em 12 meses é de 4,5%, e no quarto trimestre, alta de 0,26% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A projeção do mercado era de 0,5%; do BTG Pactual era de alta de 1% em dezembro e 1,70% na comparação anual. Comparativamente, em novembro, a alta foi de 0,60%.
Vale lembrar que, segundo a visão do mercado captada pelo Boletim Focus, o PIB brasileiro deve avançar 4,51% no 4TRI21, 0,30% em 2022 e 1,53% em 2023.
O BTG Pactual (BPAC11) prevê crescimento de 4,40% para 2021, 0% em 2022 e 2% em 2023.
Análise do resultado
No mês de dezembro, o IBC-Br apresentou o segundo avanço consecutivo, em linha com a melhora nas leituras de Serviços, Varejo e Indústria. “Esperamos crescimento de 0,1% no 4T21 e 4,5% no ano de 2021”, afirma o BTG Pactual (BPAC11).
O setor de Serviços surpreendeu no mês, registrando alta de 1,4% m/m e 10,9% a/a, fechando o ano com leitura mais positiva, beneficiado pela base de comparação mais fraca e pelo espaço adicional existente para o avanço de alguns subgrupos mais impactados pelo aumento da mobilidade social.
O Varejo Ampliado recuou 0,1% m/m, mas ficou acima da expectativa consensual do mercado, influenciado pelas festas de final de ano, que, apesar de menos movimentada, foi capaz de trazer um quadro menos adverso.
Em maior magnitude, a Indústria avançou 2,9%, apresentando alento frente ao cenário de gargalos nas cadeias de suprimentos.
Próximos meses não devem ser favoráveis
Para os próximos meses, apesar da melhora dos dados no mês e da possibilidade de recuperação parcial de alguns subgrupos de serviços que seguem abaixo do patamar pré-pandemia, os riscos de curto prazo (elevada inflação, incerteza econômica, real depreciado, deterioração do cenário fiscal, etc.) devem voltar a guiar a direção das próximas divulgações. Os dados de confiança já apontam para este cenário, diz o BTG.
Na visão da EQI Asset, o resultado de dezembro veio pouco abaixo do esperado (0,5%), reforçando a visão de que a economia brasileira perdeu o dinamismo após voltar ao nível pré-pandemia.
