Após um período de recuperação na taxa de empregos, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) registrou uma queda de 5,3 pontos em janeiro. O índice apresenta agora 76,5 pontos, retornando ao menor nível desde agosto de 2020, que foi de 74,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 3,6 pontos, para 80,4 pontos. O IAEmp foi publicado, na manhã desta segunda-feira (07), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre).

O economista da FGV, Rodolpho Tobler, aponta que a queda do nível de empregos em janeiro foi influenciada por dois fatores: a desaceleração econômica do 4º trimestre e o surto de Ômicron e Influenza em 2022.
“Depois de um período de recuperação ao longo de 2021, o IAEmp mantém a trajetória de queda pelo terceiro mês consecutivo. A piora mais acentuada no início de 2022 decorre da combinação da desaceleração econômica iniciada no 4º trimestre com o surto de Ômicron e Influenza que afeta principalmente o setor de serviços, que é o maior empregador. Tornando no curto prazo difícil vislumbrar uma alteração no curso do indicador”, afirma Tobler.
Em janeiro, todos os componentes do IAEmp contribuíram negativamente para o resultado. O grande destaque negativo foi o indicador de Situação Atual dos Negócios da Indústria, que contribuiu -1,6 ponto na variação do IAEmp no primeiro mês do ano.
Além disso, também destacaram os indicadores que mede a Tendência dos Negócios nos próximos seis meses e as intenções de contratação nos próximos três meses (Emprego Previsto), ambos no setor de Serviços, que contribuíram -1,0 e -0,9 ponto para a variação do IAEmp.





