O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) registrou queda de 0,9 ponto em fevereiro e agora está em 121,2 pontos. Esta é a quinta queda consecutiva do indicador, que se encontra ainda 6,1 pontos acima do nível de fevereiro de 2020 (115,1 pts), último mês antes da chegada da pandemia de covid-19 ao país.
Os dados foram publicados, nesta sexta-feira (04), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre).

De acordo com a economista do FGV-Ibre, Anna Carolina Gouveia, a diminuição no nível de incerteza no início deste ano foi motivada pelo maior controle da pandemia de covid-19, embora o cenário econômico ainda seja preocupante. “O resultado, pela segunda vez consecutiva, foi inteiramente motivado pela redução da dispersão nas previsões de especialistas para as variáveis econômicas brasileiras”, afirma Gouveia.
A economista ainda informa que o componente de Mídia ficou estável no mês e já contabilizou parte do receio provocado pela guerra entre Rússia e Ucrânia. “Para os próximos meses é possível que essa tendência de queda seja revertida e o indicador volte a subir, a depender do desenrolar das tensões geopolíticas e seus impactos sobre a economia global”, destaca a economista.
O instituto também relata que o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, caiu 4,2 pontos, para 121,6 pontos, contribuindo com a total evolução na margem do IIE-Br, ao passo que o componente de Mídia ficou estável, em 118,9 pontos.
O que é o Indicador de Incertezas da Economia?
O Indicador de Incerteza Econômica busca mensurar a incerteza da economia brasileira a partir de informações coletadas dos principais jornais do país e das expectativas do mercado financeiro acerca de variáveis macroeconômicas.





