O Ibovespa ultrapassou nesta quinta-feira (23) a marca dos 119 mil pontos e renovou a máxima intradiária recorde, com bancos liderando o avanço e uma colaboração igualmente importante da Petrobras, que virou o jogo e ignorou a baixa no preço do petróleo.
Falando em virada, a do principal índice brasileiro aconteceu no meio tarde e não contou com um catalisador específico, nem no cenário externo, nem na cena doméstica. O mais provável é que tenha sido um reflexo da ausência de notícias ruins e a virada das bolsas norte-americanas, que contribuíram para que o índice renovasse máximas seguidamente a partir de então.
O índice encerrou o dia aos 119.527 pontos, em alta de 0,96%.
Com a inflação, medida pelo IPCA-15, vindo próximo das expectativas, os juros futuros no Brasil encerraram o dia em alta, corrigindo parte das apostas em um novo corte em fevereiro.
Mesmo que o dólar futuro tenha se aproximado da estabilidade durante o dia, prevaleceu a tendência de baixa. O dólar futuro fechou em baixa de 0,26% aos R$4,17.
Influenciou na cotação da moeda norte-americana, o movimento de alta da divisa frente moedas pares, enquanto os investidores monitoram também a política monetária do Banco Central, na medida que se aproxima a próxima reunião do Copom.
Mercado Norte-americano
As bolsas em NY encerram o dia mistas, quando muito, apontando alta modestas, a ausência de notícias ruins, que pudessem gerar maior volatilidade ao mercado, também foi a tônica do dia por lá.
Os investidores seguem monitorando a situação do coronavírus, até onde o surto já pode ter se espalhado, e as medidas das autoridades, especialmente chinesas, para controlar a proliferação.
A ausência de novos Embates de Trump em Davos, contra a UE, na sua nova frente da Guerra Comercial, também contribui para a relativa calmaria.
Dow Jones, -0,09%, S&P 500, +0,11% e Nasdaq, +0,20%.
Bateu no emocional
Na cena política, o ministro Paulo Guedes teve o seu rompante intervencionista e sobrou para os gordinhos, fumantes e fãs de uma cervejinha: o imposto do pecado, anunciado por Guedes em Davos pode ser qualquer coisa, menos algo que se espere de um liberal.
