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Setor de galpões logísticos cresce 40% em SP desde 2019

Setor de galpões logísticos cresce 40% em SP desde 2019

O setor de galpões logísticos de alto padrão cresceu cerca de 40% no Estado de São Paulo desde o fim de 2019, com 10,97 milhões de metros quadrados de estoque total ao fim do segundo trimestre, de acordo com dados atualizados pela consultoria SiiLA.

No fim de 2019, ou seja, três e meio antes, esse número era de 7,8 ,milhões de quilômetros quadrados. E a demanda cresceu junto com as construções: o índice de vacância atual do setor é de 10,2%, pouco acima do piso de 9,2% alcançado no terceiro trimestre de 2020, o momento mais baixo da série histórica.

Giancarlo Nicastro, CEO da consultoria, disse ao jornal Valor Econômico que a pandemia de covid-19 consolidou a importância do segmento, especialmente pelo aumento de necessidade de gigantes do e-commerce, como a Amazon, o Mercado Livre e a Shein. O uso do setor hoje chega a 1,49 milhão de metros quadrados, aumento de 316% em dois anos, na comparação com o segundo trimestre de 2020, quando as restrições de movimentação estavam no auge.

Imagem mostra área interna de galpão logístico
Área interna de galpão logístico – Foto: Divulgação/BTLG11

O executivo explica que as empresas são atraídas para galpões de alto padrão porque demandam eficiência logística para terem um ritmo de entrega mais acelerado. O Mercado Livre informou recentemente que pretende juntar mais dois centros de distribuição aos oito já existentes.

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Outro setor que ampliou sua demanda, segundo a consultoria SiiLA, foi o farmacêutico, com alta de 222% em dois anos e ocupação de 309,3 mil metros quadrados ao fim de junho. Giancarlo Nicastro diz que as farmacêuticas também se adaptaram às vendas online, o que ajuda a explicar o crescimento.

O ritmo da construção, contudo, diminuiu neste ano. Em 2021 e 2022, foram entregues ao todo 2,3 milhões de metros quadrados, valor que em 2023 deve ser de no máximo 903 mil metros quadrados.

O valor médio de locação, por sua vez, está em cerca de R$ 24. A tendência é que esse valor cresça, chamando a atenção dos Fundos Imobiliários, que costumam entrar no negócio já com os galpões prontos e ocupados, o que permite aos construtores ajustar o caixa e iniciar o planejamento para novos projetos.

Uma tendência, apontam os especialistas para os galpões logísticos nos próximos anos, é aumento da demanda por projetos personalizados, os built to suit, construídos de acordo com a necessidade do locatário e, por isso, alvo de contratos mais longos e de maior valor.