Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Fundos Imobiliários
Notícias
SARE11 convoca AGE para votar venda de portfólio ao BTLG11

SARE11 convoca AGE para votar venda de portfólio ao BTLG11

O fundo imobiliário SARE11, administrado e gerido por empresas do grupo Santander, convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para deliberar sobre a venda de todo o seu portfólio de imóveis ao fundo BTLG11, gerido pelo BTG Pactual. A proposta de aquisição está avaliada em R$ 475.950.779,00.

O portfólio em negociação inclui três ativos:

  • 75% do edifício corporativo WT Morumbi, na zona sul de São Paulo, via cotas de um fundo fechado;
  • 100% do Work Bela Cintra, na região da Avenida Paulista, em São Paulo;
  • 100% de um galpão logístico em Santo André, na região metropolitana da capital paulista.

O pagamento poderá ser feito por meio da entrega de cotas de uma nova emissão do BTLG11. Caso os cotistas do SARE11 optem por não receber em cotas, o valor pago à vista será de R$ 408.708.909,08, quitado após a transferência das escrituras. Após a conclusão da transação, o fundo SARE11 será liquidado.

A operação tem prazo de até cinco meses para ser concluída e depende da aprovação dos cotistas do $SARE11. A votação exige quórum qualificado: pelo menos 25% das cotas do fundo, com base na posição do pregão do dia 19 de maio. Os cotistas podem votar até o dia 6 de junho.

SARE11 vende portfólio de ativos: processo competitivo e justificativa da proposta

Segundo comunicado da administradora S3 Caceis, o processo de venda foi iniciado há alguns meses com a contratação da Grow Real Assets Capital para assessoria financeira e estratégica, visando alinhar os interesses do fundo e dos cotistas.

Foram conduzidas 63 conversas com potenciais interessados e 11 propostas foram recebidas. A escolha da oferta do BTLG11 levou em conta critérios como maximização do valor dos imóveis, benefícios para os cotistas e viabilidade de execução.

De acordo com a S3, a proposta do BTLG11 se destacou pelo equilíbrio entre valorização potencial e risco reduzido, destacando a estrutura robusta do fundo comprador, seu portfólio de alta qualidade, liquidez superior e baixo nível de alavancagem.

A administradora também explicou que, embora a opção de pagamento em dinheiro represente um valor menor, elimina os riscos atrelados às cotas de um fundo imobiliário.

BTLG11 planeja desinvestimento parcial

O $BTLG11, um dos principais FIIs de logística do mercado, informou em fato relevante que a aquisição será feita com base no valor patrimonial das cotas, sem risco de diluição para os cotistas atuais.

“O negócio marca um passo estratégico para o BTLG11, ao adquirir ativos com desconto sobre o valor patrimonial, via emissão sem custos adicionais, reforçando o valor justo do fundo frente ao mercado”, afirmou o BTG Pactual.

O fundo também anunciou a intenção de vender imediatamente os ativos corporativos e manter o galpão logístico, projetando para ele um cap rate anual de 12%. Segundo o BTG, a operação deve gerar ganho patrimonial de R$ 20 milhões e ampliar a liquidez do fundo em até R$ 480 milhões — fortalecendo sua posição para novas aquisições estratégicas.

Tá, e aí?Carolina Borges, Head e analista da EQI Research

A proposta do BTLG11 para aquisição de imóveis do portfólio do SARE11 foi bem recebida por analistas de mercado, especialmente por seu potencial de fortalecer a posição de caixa do fundo e aprimorar a estratégia de alocação de ativos.

Para Carolina Borges, head e analista de fundos imobiliários da EQI Research, o movimento pode ser benéfico tanto para os cotistas do BTLG quanto para os do SARE11, apesar das diferenças entre os valores ofertados e o valor patrimonial dos ativos.

“O preço que está sendo ofertado pelo BTLG pelos imóveis do SARE11 é bastante interessante para os atuais cotistas do BTLG”, afirmou Carolina. Segundo ela, além de reforçar o caixa do fundo, a proposta está alinhada à estratégia do BTLG11 de se desfazer de ativos de escritórios, conforme anunciado anteriormente.

A analista destacou ainda a confiança na capacidade de gestão do BTG Pactual para realizar o reposicionamento dos ativos. “Apesar de o imóvel ser de classe C e ter sofrido com vacância, a gestão do BTG já se mostrou bastante eficiente em processos de turnaround. Eles já demonstraram isso no BLCP11, no VVPR11 e também quando assumiram o antigo TRXL11, que hoje é o atual BTLG11”, lembrou.

Carolina ressaltou também que avalia a proposta como positiva, especialmente pelo histórico de reestruturação bem-sucedida de imóveis por parte da gestora. “Acredito que a gestão conseguirá reposicionar esse ativo no mercado de maneira bastante eficiente e capaz de gerar um retorno sobre investimento interessante.”