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O que esperar dos FIIs em 2025?

O que esperar dos FIIs em 2025?

No evento da EQI Investimentos, Onde Investir em 2025, realizado em São Paulo na última quarta-feira (6), especialistas do setor imobiliário e de investimentos discutiram as tendências para os Fundos Imobiliários (FIIs) no próximo ano, traçando um panorama de oportunidades e desafios.

Participaram da discussão Carolina Borges, head e analista da EQI Research, Daniel Pegorini, CEO da Valora, e Augusto Martins, managing director de real estate Brasil e CIO dos Fundos HG. Os três apresentaram suas perspectivas sobre o mercado e como ele pode se comportar no futuro próximo. Acompanhe!

O que esperar dos FIIs em 2025: oportunidades em meio à volatilidade

Para Daniel Pegorini, o mercado de FIIs tem se comportado de maneira exagerada, ora refletindo um otimismo excessivo, ora caindo em um pessimismo profundo. Ele comparou o mercado a um “viciado em heroína”, que oscila entre os extremos.

Segundo Pegorini, embora o cenário macroeconômico ainda apresente desafios — como a inflação elevada —, ele não é alarmante. A chave está nas perspectivas fiscais, com a expectativa de que o governo consiga implementar ajustes fiscais, o que pode melhorar a trajetória de juros futuros e dar maior confiança ao mercado. Para ele, o momento é de aproveitar as quedas de preços e investir, já que não há fundamentos que justifiquem os movimentos excessivos observados recentemente.

O descompasso entre o macro e o micro

Augusto Martins também destaca a dicotomia entre o que ocorre no mercado imobiliário real e o cenário macroeconômico. Enquanto os indicadores de vacância, locação e inadimplência estão saudáveis, o mercado financeiro parece estar sendo mais impactado pela volatilidade econômica, com alta nos juros e incertezas fiscais.

Ele observa que os tomadores de decisão no setor imobiliário estão mais confiantes no médio prazo, o que contrasta com o pessimismo observado no macro. No entanto, ele alerta para o risco de a economia real sofrer com a falta de confiança no cenário macroeconômico, o que poderia afetar negativamente a percepção do mercado sobre os FIIs.

Carolina Borges cita que, recentemente, houve recordes de locação na Avenida Faria Lima, a maior praça corporativa do Brasil, e apontou que, apesar desse crescimento no mercado de lajes corporativas, o IFIX — principal índice dos FIIs — não tem refletido essas boas perspectivas.

Para ela, a confiança do mercado está em queda, e muitos investidores estão saindo de ativos imobiliários por medo e falta de confiança, o que tem levado a uma desvalorização das cotas. Ela acredita que o cenário atual pode indicar um período de correção, onde será possível encontrar boas oportunidades de compra, com fundos imobiliários que oferecem bons rendimentos e perspectivas de valorização.

Tendências para 2025: estratégias para aproveitar as oportunidades

A grande mensagem dos especialistas presentes ao evento foi a de que há uma série de oportunidades no mercado de FIIs para 2025.

De acordo com Daniel Pegorini, muitos fundos imobiliários estão sendo negociados abaixo de seu valor real devido a um “efeito manada” — a venda indiscriminada de ativos sem uma análise fundamentada. Com isso, ele recomenda que os investidores se concentrem em ativos que já estavam em seu radar e já compõem seu portfólio de investimento, pois muitos estão mais baratos, mas com os mesmos fundamentos sólidos.

Além disso, Pegorini alerta sobre os riscos do investimento em ativos de longo prazo atrelados ao CDI, que, segundo ele, tem a influência da política monetária. A sugestão é diversificar a carteira e buscar fundos indexados ao IPCA, que oferecem proteção contra a inflação.

Evite riscos desnecessários

Tanto Augusto Martins quanto Carolina Borges reforçam a importância de não correr riscos desnecessários nos investimentos no momento. A rentabilidade extra oferecida por ativos de maior risco — como os high-yield — não justifica o potencial de perda envolvido.

A recomendação é concentrar esforços em fundos de qualidade, que estão mais baratos do que estavam, mas ainda apresentam bons fundamentos.

Carolina Borges também alerta para a tendência de investidores pessoas físicas tomarem decisões baseadas unicamente em dividendos, sem considerar os riscos inerentes a esses investimentos. Para ela, é essencial uma análise mais profunda, que vá além da perspectiva de curto prazo e olhe para a solidez dos ativos no longo prazo.

Conclusão: momento é de compra, evitando riscos desnecessários

Apesar do momento ruim para o Ifix, os espescialistas afirmam que as perspectivas são boas para os fundos imobiliários no próximo ano, especialmente para aqueles investidores que pensam no longo prazo e gostam de selecionar os melhores ativos.

Embora os desafios macroeconômicos não sejam desprezíveis, o mercado imobiliário real continua apresentando indicadores saudáveis. A chave para os investidores será a paciência e a diversificação, sem ceder ao pânico ou à tentação de buscar retornos rápidos e arriscados. Com cautela e visão de longo prazo, o próximo ano pode oferecer boas oportunidades para quem souber aproveitá-las.

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