Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Fundos Imobiliários
Notícias
FIIs com os dias contados: entenda a consolidação de 6 fundos em 2 da Pátria

FIIs com os dias contados: entenda a consolidação de 6 fundos em 2 da Pátria

FIIs com os dias contados? Essa é a pergunta que muitos investidores podem estar se fazendo diante do movimento mais recente da Pátria Investimentos. A gestora anunciou a consolidação de seis fundos imobiliários em apenas dois, sinalizando uma transformação no mercado de FIIs no Brasil.

O objetivo é claro: simplificar a prateleira da gestora, que ficou bastante extensa após uma série de aquisições nos últimos anos — incluindo VBI, BariAsset, Genial e os fundos da CSHG.

Segundo Carolina Borges, Head e analista de FIIs da EQI Research, “o mercado já esperava essa reorganização após tantas aquisições”. Para ela, a multiplicidade de fundos semelhantes sob a gestão da Pátria acabava prejudicando a eficiência operacional.

FIIs com os dias contados ou início de uma nova fase?

A primeira etapa dessa reestruturação envolve a fusão de três fundos de papel: $CVBI11, $BARI11 e $PLCR11. Todos compartilham características semelhantes, como perfil de risco médio e forte exposição a CRIs indexados ao IPCA.

O BARI11 ainda carrega uma fatia relevante atrelada ao IGP-M, mas essa participação será diluída na carteira consolidada. “As incorporações estão sendo feitas a valor patrimonial, o que garante equidade e protege os cotistas”, afirma Carolina.

Com essa junção, o novo CVBI passaria a ter um patrimônio líquido aproximado de R$ 1,6 bilhão, mantendo seu foco em crédito pulverizado residencial.

Além disso, a liquidez do fundo aumentaria: enquanto os fundos menores negociam entre R$ 300 mil e R$ 400 mil por dia, o CVBI já movimenta mais de R$ 2 milhões diários. “A baixa liquidez dos fundos menores prejudica a precificação e a dinâmica do mercado secundário”, ressalta a analista.

Destaques da fusão: liquidez, escala e estrutura mais eficiente

A segunda proposta de consolidação envolve os fundos de fundos (FOFs) $RVBI11, $BPFF11 e HGFF11. O RVBI, maior entre eles, deve incorporar os outros dois por meio da emissão de cotas também a valor patrimonial.

Segundo Carolina, os três FIIs negociam com desconto semelhante em relação ao valor patrimonial — entre 16% e 17% — o que torna a fusão ainda mais justificável.

Ela destaca ainda que as carteiras de BPFF e HGFF são compostas por ativos de alta qualidade e liquidez, como $CANIP11, $HGCR11 e $XPML11. “Apesar de algumas sobreposições, são posições estratégicas que a gestão pode manter ou rebalancear com flexibilidade”, diz.

Na visão da especialista, o movimento faz sentido tanto do ponto de vista operacional quanto estratégico. “Essas fusões fortalecem os fundos, aumentam a diversificação, reduzem custos e melhoram a atratividade para o investidor”, afirma Carolina.

Em resumo, a consolidação promovida pela Pátria representa mais do que uma simples reorganização: é um passo em direção a uma estrutura de FIIs mais enxuta, eficiente e preparada para atrair o interesse do mercado. As assembleias dos seis fundos já foram convocadas, e a expectativa é de que os cotistas reconheçam os benefícios desse novo arranjo.