O fundo imobiliário EQI Recebíveis Imobiliários (EQIR11) está realizando sua segunda emissão de cotas, com a intenção de captar até R$ 150 milhões por meio da subscrição de novas cotas ao preço unitário de R$10,17, já incluídos os custos de subscrição.
A EQI Research recomenda a entrada na oferta, destacando que a emissão vai ampliar a diversificação das operações do fundo e, com isso, aumentar a taxa média de remuneração. Abaixo, apresentamos mais detalhes sobre a emissão do EQIR11.
“Classificamos o EQIR como um FII de risco moderado que deverá seguir o perfil de investimento adotado desde o início do Fundo. Na nossa opinião, o crescimento do Fundo nos moldes propostos nesta emissão traz dois benefícios principais: aumento da diversificação de operações e aumento da taxa média de remuneração da carteira”, aponta Carolina Borges, analista de Fundos Imobiliários da EQI Research.
Hoje, o EQIR11 tem um patrimônio estimado em cerca de R$ 50 milhões, que atua sob gestão da EQI Asset no segmento de recebíveis (os chamados “fundos de papel”), cujo objeto de atuação são os títulos do mercado imobiliário, especialmente os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários). A oferta permitirá ao fundo quadruplicar seu patrimônio.
Na última atualização da carteira, o EQIR11 apresentava 23 CRIs no portfólio, sendo que algumas operações estão presentes desde o início do Fundo, como os CRIs Opy, Lote5, Pague Menos e Quero Quero. “A distribuição por indexador sempre foi focada em IPCA, mas o FII tem mantido uma exposição entre 10% e 15% em operações indexadas ao CDI, favorecendo o carrego da carteira em prazos mais curtos”, explica Carolina Borges
No cenário pós-emissão, o Fundo poderá chegar a 50% da carteira alocada em CRIs de construção e varejo, equilibrando os riscos assumidos e preservando o bom retorno que vem entregando a seus cotistas, com dividend yield anualizado de 12,88%..
“O aumento da taxa média da carteira poderá possibilitar um impacto menos abrupto no valor nominal distribuído, mesmo em um cenário de inflação mais baixa. O volume relativo da emissão é grande, e deverá mudar consideravelmente o EQIR11, mas esperamos a preservação dos pontos principais em FIIs de papel: uma boa gestão e diversificação de operações com garantias sólidas em regiões líquidas”, destaca a analista.
Emissão do EQIR11: mais sofre o fundo e a oferta
O EQIR11 vem aumentando sua liquidez, com negociações médias na casa dos R$ 150 mil diários depois do desdobramento das cotas, na proporção de 1 para 10, o que puxou o fundo para o valor aproximado de R$ 10 a cota, e da contratação de um agente formador de mercado. Ainda assim, o tema é um ponto de atenção para quem se interessa pela oferta.
“Em relação à liquidez, esta tem melhorado e está acima da média considerando os FIIs com PL similar, porém abaixo da nossa faixa preferencial de R$ 500 mil por dia. A gestão tem trabalhado para melhorar a liquidez e esta será uma consequência natural do crescimento do fundo. Por ora, recomendamos cautela na alocação para aqueles investidores que pretendem destinar um volume maior de recursos, ponderando a exposição de acordo com a variação do volume negociado”, destaca Carolina Borges, da EQI Research..
Em relação às operações mais arriscadas dado o segmento de atuação, a analista explica que a diversificação da carteira deve minimizar o risco tomado. A gestão apresentou 21 novos CRIs como ativos-alto após a conclusão da emissão do EQIR11, e a expectativa é que a característica do fundo em relação ao risco das operações seja mantido.
“Hoje classificamos o EQIR11 como risco médio, com robusto nível de garantias. Percebe-se que os CRIs investidos prezam por garantias reais imobiliárias e, preferencialmente, descorrelacionadas com a operação financiada. Espera-se que essa característica seja preservada com as novas alocações do fundo. Acreditamos que os benefícios potenciais superam os riscos envolvidos e recomendamos a entrada na oferta do EQIR11”, conclui Carolina Borges sobre a emissão do EQIR11