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Bresco Logística (BRCO11) mapeia imóveis e vê cenário promissor no 2º semestre

Bresco Logística (BRCO11) mapeia imóveis e vê cenário promissor no 2º semestre

O Bresco Logística ($BRCO11) está entre os fundos imobiliários que mais se valorizaram ao longo do primeiro semestre, com alta acumulada de 21% desde janeiro e bons resultados em transações que vão permitir um aumento na distribuição de dividendos ao longo do segundo semestre. 

“Estamos empenhados em aproveitar a oportunidade num momento que se mostra favorável ao mercado de fundos imobiliários, com essa iminente queda dos juros e uma consequente aceleração na atividade econômica”, afirmou Rafael Fonseca, CFO da Bresco, durante conversa com Carol Borges, analista de Fundos Imobiloiários da EQI Research.

Bresco Logística (BRCO11) na B3 ao longo de 2023
Fonte: Google Finance

Bresco Logística ($BRCO11): mais sobre o fundo

Com capital aberto em 2019, o Bresco Logística detinha um patrimônio avaliado em R$ 1,77 bilhão em seu último relatório gerencial, com 10 imóveis distribuídos em seis Estados do Brasil; cinco em São Paulo, dentro da região metropolitana da capital, e mais imóveis em Resende (RJ), Contagem (MG), Lauro de Freitas (BA), Canoas (RS) e Londrina (PR).

Este último marca uma característica interessante do fundo: o investimento em imóveis de alto padrão, buscando tanto regiões aquecidas como oferecendo serviços sob demanda em locais específicos,

“Neste caso de Londrina a BRF ($BRFS3) precisava de um imíveo 100% frigorificado, para atender a demandas logísticas por causa de sua produção no Sul, e nós usamos o modelo built-to-suit, ou seja, de construção específica de acordo com as necessidades do cliente, e um contrato longo que permite compensar o investimento no médio e longo prazo”, explica Rafael Fonseca. 

No caso, o contrato com a empresa de alimentos é de 13 anos. “Esses contratos atípicos geralmente são celebrados com empresas muito sólidas, com excelente qualidade de crédito, o que nos garante muita segurança”, diz o CFO.

Bresco Logística (BRCO11): bons negócios em São Paulo

O fundo teve um semestre com bons negócios em São Paulo, com a venda de um galpão na Marginal do Tietê, na capital, por um valor acima de R$ 6 mil o metro quadrado, uma transação que representou lucro de 44%.

“Foi uma oportunidade de fazer uma reciclagem do portfólio e trazem um valor para o cotista que a gente não conseguiria, com um lucro que vai poder ser distribuído ao longo de quatro anos e permitiu à gente aumentar nosso guidance em 40%”, explicou Fonseca.

De fato, o fundo saltou de R$ 0,62 distribuídos em maio, referente ao resultado de abril, para R$ 0,87 em julho, referente a junho, com previsão de manutenção do valor ao longo do semestre. “Isso ajudou a cota a se valorizar, mas achamos que esse teto ainda não chegou”, explicou.

Ainda sobre o imóvel vendido, o fundo ainda conseguiu um acordo com seu locatário anterior, o Grupo Pão de Açúcar ($PCAR3), para o recebimento de cerca de R$ 14 milhões em multas e valores rescisórias, e ainda acertou uma renovação de contrato com outro imóvel alugado à companhia, com reajuste de 13% no valor do aluguel.

Mesmo as notícias negativas não causaram forte impacto. O fundo tem uma área locada às Lojas Americanas ($AMER3) em Contagem (MG) que representa 4% de sua arrecadação que teve um pequeno atraso no início do ano, quando estourou a crise na companhia. “São 12 dias de atraso que entraram na recuperação judicial, mas isso há está equacionado. E agora, em recuperação, o aluguel está em dia, porque eles não podem mais ter inadimplência. E mesmo que o imóvel venha a ser desocupado, é uma região com grande demanda e que logo conseguirá outro locatário”, projeta o executivo.

O mesmo vale para uma desocupação parcial do Magazine Luiza ($MGLU3) no mesmo imóvel. “Eles ainda não informaram quando farão a desocupação. Essa parte representa apenas 2% da arrecadação e a gente acredita que vai poder ocupar esse espaço rapidamente.”

Bresco Logística (BRCO11) dados do relatório gerencial de junho
Fonte: Bresco Logística (BRCO11)

Bresco Logística (BRCO11): projeções de longo prazo

Para o CFO, o setor de e-commerce hoje vem ampliando sua demanda por galpões em relação ao varejo convencional, mas ainda há muito espaço para crescimento. 

“Em 2020, com a pandemia, houve um aumento de demanda muito forte do e-commerce, que quis se preparar de forma muito convicta para um cenário de longo prazo a partir do ritmo de crescimento do momento. O fim da pandemia, porém, reduziu essa velocidade e, consequentemente, a demanda por galpões. Isso provocou um estoque ocioso que vem sendo ocupado aos poucos, numa velocidade menor, mas que uma hora vai acabar e as empresas vão precisar de novas áreas”,explica Fonseca.

Assim, com a possibilidade de aceleração da economia brasileira com a queda da Selic, ele explica que espera um novo aumento de demanda, não só pelo e-commerce e diz que o fundo está atento a isso.

“Nosso fundo é um fundo de gestão ativa e a gente acha que o momento é forte para a realização de novas aquisições. Temos propriedades mapeadas que podem melhorar ainda mais a perspectiva para o nosso cotista em relação à distribuição”, explica Rafael Fonseca. Com uma alavancagem pequena, de 1,5%, o fundo não destaca novas emissões de cotas para se capitalizar e acha que o mercado precisa estar atento.

“Não adianta só esperar os juros caírem, porque a oportunidade não espera, ela já andou. O IFIX subiu, mas ainda há espaço para aproveitar uma onda de valorização do mercado como um todo”, diz.

Ele apresenta o fundo como boa alternativa ao investidor que busca rendimentos mais seguros fora da renda fixa, que perde atratividade com a queda da Selic. “Nosso portfólio está bem locado, com boas inovações recentes, e a gente acredita que, nas próximas renovações, com a melhora da economia, temos imóveis de qualidade, bem localizados, em regiões de forte demanda, que permitem uma gestão saudável e bons reajustes, além de seguir em busca de propriedades para melhorar o perfil do fundo.”