Os fundos imobiliários incluídos na lista de credores da Americanas (AMER3) divulgada pela companhia nesta semana soltaram notas para dar seus posicionamentos sobre o fato.
- Veja aqui a análise da EQI Research sobre a crise na Americanas (AMER3).
- Acompanhe toda a cobertura sobre o caso.
O XP Log (XPLG11) informou que foi listado pela Americanas como titular de créditos concursais no montante de aproximadamente R$850 mil. O fundo confirmou informação da semana passada de que a Americanas está adimplente no aluguel de dezembro, pago no início de janeiro, de um galpão logístico usado como centro de distribuição em Seropédica (RJ). O imóvel tem 82 mil metros quadrados, o que representa 9% do portfólio do fundo, com contrato até julho de 2026.
O Bresco Logística (BRCO11) aparece na lista como credor do valor de R$ 667,8 mil. O fundo também comunicou que a empresa está em dia com o aluguel de um condomínio logístico em Contagem (MG) com área de 15,7 mil metros quadrados, ou 22,6% da ABL total do imóvel; o contrato foi renovado em novembro do ano passado e representa 3% da ABL total do fundo.
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O VBI Logístico (LVBI11) também confirmou o recebimento do aluguel de dezembro pelo condomínio logístico em Aratu (BA) que tem como inquilino a B2W, empresa do grupo da Americanas. O fundo, contudo, aparece na lista de credores como co-proprietário da Aratulog Armazenagem, empresa responsável pela gestão do local, com um valor de R$ 871 mi.
Outros R$ 386 mil são devidos à Associação da Instituidora e dos Locatários do VBI Log Aratu, que é responsável pela administração das áreas comuns do local.
Já o CSHG Logístico (HGLG11) aparece como um dos maiores credores imobiliários da Americanas. O fundo tem a receber da rede varejista cerca de R$ 5,3 milhões.
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MAXR11 relata inadimplência da Americanas (AMER3)
Em fato relevante, o fundo Max Retail (MAXR11) informou que não recebeu da Americanas o aluguel referente a dezembro, com pagamento previsto para janeiro, no valor de R$ 514 mil, e o valor também já aparece na lista de credores divulgada pela empresa.
“A administradora tomou ciência que o aluguel devido está sendo tratado como crédito concursal, ou seja, como um crédito existente no dia 19 de janeiro de 2023 e sujeito aos efeitos da recuperação judicial”, diz o fundo.
O MAXR11, fundo de shopping centers, aluga quatro de seus nove imóveis para a Americanas. São lojas em Taguatinga (DF), Vitória (ES), Belém (PA) e Maceió (AL) que somam cerca de 32 mil metros quadrados, ou pouco mais da metade dos quase 60 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) total do fundo.
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Carolina Borges, analista de FIIs da EQI Research, explica que de forma geral os fundos ligados à Americanas, seja de shopping, seja de galpões logísticos, vão sofrer impacto no curto prazo com a recuperação judicial da empresa. “Eles vão ter uma perda de arrecadação e isso deve impactar na volatilidade desses fundos”, explica
A analista, no entanto, reitera que, no médio prazo, os fundos devem recuperar essa arrecadação, nem que seja com outro inquilino. “No geral são imóveis de qualidade, com alta demanda, e que os fundos vão acabar recuperando em algum momento depois de alguns meses de inadimplência”, afirma Borges.
Para ela, essa crise mais uma vez mostra a força dos FIIs como investimento de longo prazo dentro do cenário de renda variável. “O fundo vai ter uma perda momentânea, mas seu principal ativo, que é o imóvel, está lá, permanece preservado para o fundo e o cotista, diferente das ações de uma companhia que perde seu valor”, concluiu a analista;
Ouça o comentário completo abaixo.
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