Os FI-Infras — fundos de investimento em infraestrutura — têm atraído cada vez mais investidores pela combinação de rentabilidade, estabilidade e, principalmente, pela isenção de IR sobre os rendimentos distribuídos. Essa vantagem tributária é interessante em um cenário de juros elevados e busca por alternativas aos fundos imobiliários tradicionais. E se torna ainda mais interessante nesta janela, em que o Congresso discute a Medida Provisória 1.303, que pode mudar a tributação dos investimentos, colocando imposto de renda de 5% sobre ativos até então isentos, como os FI-Infra.
Segundo relatório de João Pedro Zanott, analista da EQI Research, mesmo com spreads de crédito em patamares historicamente baixos, ainda existem boas oportunidades dentro do universo de FI-Infras. A seguir, destacamos os três fundos mais promissores segundo sua análise.
JURO11 – Qualidade e segurança
Com uma gestão reconhecida e carteira diversificada, o $JURO11 é considerado uma escolha sólida, especialmente para perfis mais conservadores. Atualmente negociado com leve deságio (P/VP de 0,98), o fundo tem uma projeção de proventos de 12,89% ao ano.
Além do bom rendimento, o fundo segue ativo em sua estratégia de rebalanceamento, adicionando emissores como V.tal e Serra do Mel, e saindo de nomes mais maduros como Banco do Brasil. A gestão criteriosa aumenta a previsibilidade e reduz riscos de crédito.
- Preço teto recomendado: R$ 104,90.
BDIF11 – Potencial de valorização com mais risco
Para quem busca um retorno mais agressivo, o $BDIF11, do BTG Pactual, pode ser uma alternativa interessante. Apesar de um perfil de crédito mais arriscado, o fundo está com um desconto significativo (P/VP de 0,91) e apresenta uma expectativa de 13,88% de proventos anuais.
Nos últimos meses, a gestão reduziu a concentração no setor de saneamento e ampliou a diversificação com ativos de energia e telecomunicações. A exposição ao setor de saneamento caiu para 32%, o que torna o fundo menos vulnerável a choques regulatórios setoriais.
- Preço teto recomendado: R$ 83,90.
IFRI11 – Rendimento atrelado ao CDI
O $IFRI11, da Itaú Asset, voltou ao radar com força. Depois de um ajuste pontual que suspendeu os rendimentos no mês anterior, o fundo retomou as distribuições e agora oferece uma expectativa de 15,36% ao ano — uma das mais altas do setor.
Além do rendimento competitivo, a gestão tem se mostrado proativa ao realizar desinvestimentos lucrativos no mercado secundário, fortalecendo o caixa e preparando o fundo para novas alocações. Sua exposição atual inclui apenas projetos da Mez já operacionais, reduzindo o risco de inadimplência no curto prazo.
- Preço teto recomendado: R$ 112,00.
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