Os dividendos do SNFZ11 permaneceram em R$ 0,10 por cota, mantendo-se no patamar mais elevado desde a estreia do fundo no mercado, em 2024. O Fiagro que tem como foco principal a valorização patrimonial de imóveis rurais, anunciou que o pagamento será realizado no dia 24 de outubro, beneficiando os investidores que posicionarem suas cotas até o fechamento do pregão da próxima quarta-feira (15).
Para quem deseja participar da próxima distribuição, é fundamental estar atento ao cronograma. Aquisições realizadas até a data de corte garantem o direito aos proventos deste mês. Já as compras efetuadas a partir da quinta-feira (16) somente darão direito aos dividendos do SNFZ11 na distribuição subsequente, desde que o investidor mantenha as cotas até a próxima Data Com, prevista para meados de novembro.
O dividend yield da distribuição atual atinge 1,03%, tendo como referência a cotação de R$ 9,70 registrada no encerramento de 30 de setembro. Quando anualizada, a rentabilidade alcança expressivos 13%, conforme dados apresentados no último relatório gerencial do fundo.
Expansão impulsiona receitas recorrentes
A manutenção dos dividendos do SNFZ11 no patamar recorde está diretamente relacionada ao crescimento do portfólio imobiliário do fundo. No final de junho, o Fiagro concretizou a aquisição de duas fazendas em uma operação estruturada com prazo de pagamento de 10 anos. Com essas incorporações, o SNFZ11 passou a contar com três propriedades rurais, totalizando uma área útil de 1.020 hectares.
Esse patrimônio imobiliário representa um valor patrimonial líquido de R$ 62,625 milhões, equivalente a R$ 10,10 por cota. A expansão não apenas ampliou a base de ativos do fundo, como também contribuiu para o aumento das receitas recorrentes, permitindo que a gestão mantivesse as distribuições dentro do guidance projetado para o terceiro trimestre do ano.
Fontes de receita sustentam pagamentos consistentes
Em agosto, o SNFZ11 registrou sua maior receita imobiliária desde a fundação, alcançando R$ 134.966,22, um crescimento de 3,43% em comparação aos R$ 130,4 mil de julho. Essa performance recorde demonstra a eficácia da estratégia de gestão dos ativos rurais que compõem o portfólio do fundo.
Complementando as receitas imobiliárias, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) no portfólio geraram R$ 465.656,85 no mesmo período. Esses papéis também apresentaram valorização favorecida pelo patamar elevado da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano. Os CRAs são emitidos pela Jequitibá Agro, empresa que arrenda as três propriedades rurais do Fiagro, e foram adquiridos durante a captação inicial de recursos.
Essa dupla fonte de receitas — imobiliária e financeira — proporciona maior previsibilidade e segurança na distribuição dos dividendos do SNFZ11, tornando a tese de investimento atrativa para o mercado e permitindo remunerações consistentes aos cotistas.
Investimentos em infraestrutura projetam crescimento futuro
Os recursos captados através dos CRAs foram direcionados ao desenvolvimento de uma estrutura de irrigação na Fazenda Coliseu, o primeiro imóvel adquirido pelo fundo. Este investimento estratégico encontra-se em fase final de implantação e representa um diferencial importante para a valorização patrimonial do ativo nas próximas avaliações realizadas pela gestão.
A nova infraestrutura de irrigação já demonstra potencial para impactar positivamente a produtividade agrícola da propriedade. As projeções indicam um aumento entre 30% e 50% na colheita de soja da próxima safra, o que deve elevar significativamente as receitas do arrendamento e, consequentemente, fortalecer ainda mais a capacidade de distribuição do fundo.
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