Um dos protagonistas da mais recente crise bancária vivida pelos Estados Unidos, o First Republic Bank viveu um dia de altos e baixos na Bolsa de Nova York nesta segunda-feira. O pregão, porém, terminou com forte queda nas cotações do banco.
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As ações, que são negociadas com o ticker FRC, tinham fechado na sexta-feira (17) em US$ 23,03 e abriram a segunda em queda já no pré-mercado, após a divulgação de um relatório divulgado no domingo (19) pela S&P. A empresa questionava a eficácia de longo prazo da injeção de US$ 30 bilhões feita por um grupo de bancos privados na sexta-feira.
De acordo com a agência de risco, o aporte alivia as pressões de liquidez de curto prazo sofridas pelo banco, que teria perdido cerca de US$ 70 bilhões em depósitos desde o início do ano, mas pode “não resolver os substanciais desafios de negócios, liquidez, financiamento e lucratividade que o banco provavelmente está enfrentando”, disse a S&P.
A queda se ampliou logo após a abertura formal do pregão, com as cotações caindo para menos de US$ 13 pela primeira vez no dia.
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First Republic Bank: o início da crise
Na sexta-feira, um grupo de 11 bancos entre os maiores dos EUA concordaram em depositar US$ 30 bilhões no First Republic Bank, que vinha sendo apontado com o risco de se tornar o próximo na fila de falências por falta de liquidez, depois das quebras do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, na semana anterior.
Nos dois casos, os clientes tiveram seus depósitos assegurados pelo FIDC, o órgão garantidor dos depositantes, que realiza função semelhante ao do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) no Brasil. Para evitar uma turbulência maior, um consórcio que incluiu gigantes como JP Morgan Chase & Co, Citigroup, Bank of America, Wells Fargo, Goldman Sachs e Morgan Stanley fez a injeção de US$ 30 bilhões como garantia das obrigações de curto prazo do First Republic Bank.
Sediado na Califórnia, o banco sofreu com um descompasso: precisava honrar investimentos dos clientes, mas tinha parte de seus ativos alocados em títulos públicos de longo prazo, de olho nas taxas de juros mais altas após o aperto monetário dos últimos meses, mas que têm forte desconto em caso de resgate antecipado.
Assim, para evitar mais uma liquidação no prazo de uma semana, os bancos privados se uniram, no que foi visto pelas autoridades regulatórias como um sinal da resiliência do sistema financeiro norte-americano.
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First Republic Bank: JP Morgan recomenda compra e puxa ações para cima
Durante o dia, porém, uma recomendação de compra do JP Morgan fez com que as cotações do First Republic Bank subissem vertiginosamente. O banco, um dos participantes do consórcio que resgatou a instituição, colocou as ações entre suas “top picks”, alegando que o baixo valor da negociação fazia o retorno compensar, a despeito do risco.
Os analistas disseram ainda que “nunca vimos o setor se unir antes para ajudar a proteger uma instituição necessitada” e que o depósito poderia fornecer “liquidez suficiente”à instituição.
Os preços então entraram brevemente em alta, voltando a passar dos US$ 17. Mas a empolgação do mercado não foi muito longe e logo as cotações caíram novamente para perto de US$ 12, fechando em US$ 12,18, uma queda de 47,11% em relação ao fechamento anterior.
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