O Índice de Confiança Empresarial caiu 6,7 pontos em novembro, para 91,5 pontos, o menor nível desde fevereiro deste ano (91,1 pts.). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 3,0 pontos.
Os dados foram na manhã desta quarta-feira (30) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE, Aloisio Campelo Jr., disse que a forte queda da confiança empresarial em novembro está relacionada à percepção de desaceleração do nível de atividade corrente e da perspectiva de continuidade desta tendência nos próximos meses.
Para ele, o aumento do pessimismo parece também ser acentuado em alguns segmentos por dúvidas com relação à política econômica a ser implementada a partir de janeiro de 2023. No Comércio e na Indústria, a queda da confiança parece mais relacionada à desaceleração em curso, com preocupações com relação ao nível da demanda, sob impacto da política monetária mais restritiva e da limitação imposta pelo nível elevado de endividamento das famílias.
“Nos Serviços e na Construção, são as expectativas que mais influenciaram na queda dos índices no mês”, disse.

Confiança Empresarial pela FGV
Ainda de acordo com o levantamento, a queda da confiança empresarial de novembro foi motivada pela piora das percepções sobre a situação presente e das expectativas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) recuou 4,1 pontos, para 95,2 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-E), 8,0 pontos, para 87,9 pontos. Com o resultado, o ISA-E acumula perda de quase 7,0 pontos no mesmo período e registra o menor nível desde março de 2022 (92,1 pts.). O IE-E alcança o menor nível desde março de 2021 (85,2 pts.) e acumula perda superior a 12 pontos em dois meses.
Já o Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção. Em novembro, a confiança cedeu expressivamente em todos os setores que integram o ICE, com queda mais acentuada no Comércio, de quase 11 pontos.
Os resultados foram motivados pela piora das avaliações nos dois horizontes de tempo da pesquisa, com Comércio e Indústria apresentando piora mais expressiva no indicador de situação corrente e Construção e Serviços registrando maiores perdas nas expectativas para os próximos meses.

Difusão da Confiança
Em novembro, a confiança empresarial subiu em 16% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma disseminação inferior à observada no mês anterior.
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