A inflação ao produtor nos EUA registrou queda de 0,1% em agosto, no consenso, conforme o Índice de Preços ao Produtor (PPI) divulgado na manhã desta quarta-feira (14).
Já o Núcleo do PPI subiu 0,4% em agosto, ante expectativa de alta de 0,3%. Os dados são do escritório de estatísticas do trabalho do governo norte-americano.
Conforme o relatório ao mercado, os preços finais da demanda caíram 0,4% em julho e avançaram 1,0% em junho.
Já em uma base não ajustada, o índice para a demanda cresceu 8,7% nos 12 meses encerrados em agosto.

Inflação ao produtor nos EUA
Ainda de acordo com o relatório encaminhado ao mercado, em agosto a queda do índice de demanda final deve-se à queda de 1,2% nos preços dos bens de demanda final. Em contrapartida, o índice de serviços de demanda final avançou 0,4%.
O documento elenca, também, que os preços da demanda final menos alimentos, energia e serviços comerciais subiram 0,2% em agosto após um aumento de 0,1% em julho.
Para os 12 meses encerrados em agosto, o índice de demanda por menos alimentos, energia e serviços comerciais aumentou 5,6%.
Economista-chefe da EQI Asset, Stepnhan F. Kautz disse que o PPI veio em linha com o consenso, reportando deflação em bens, e inflação em serviços. “Isso mostra uma mudança na composição do consumo, com menos bens e mais serviços. Esses resultados ainda não bateram na conta do consumidor, e devem continuar ou começar a influenciar a inflação do consumidor nos próximos meses”, destacou.
Também disse que a Asset entende que o CPI de ontem foi uma surpresa forte para cima, porém, os indicadores de médio prazo continuam indicando que uma desaceleração deve continuar acontecendo. “Nesse contexto, a gente espera que o PCI, que é outro indicador de inflação, tenha uma alta de 0,10% no número cheio, e uma alta de 0,4% no núcleo”, frisou.
Bens de demanda final
A pesquisa traz ainda que o índice de bens de demanda final caiu 1,2% em agosto após queda 1,7% em julho.
A queda de agosto pode ser atribuída a uma queda de 6,0% nos preços dos produtos finais de demanda energia.
Por outro lado, o índice de bens de demanda final menos alimentos e energia subiu 0,2%, enquanto os preços dos alimentos de demanda final permaneceram inalterados.
Em relação ao segmento de pesquisa “detalhe do produto”, o levantamento informa que em agosto, mais de três quartos da queda nos preços dos bens de consumo final é atribuível ao índice da gasolina, que caiu 12,7%.
Já os preços de óleo diesel, combustível de aviação, frango ovos, produtos químicos orgânicos básicos primários e óleo de aquecimento doméstico também diminuíram.
Em contrapartida, o índice de máquinas e equipamentos de construção aumentaram 2,6%, e os preços de bebidas e materiais e energia elétrica também subiram.
Serviços de demanda final
O índice de serviços de demanda final avançou 0,4% em agosto, a quarta alta consecutiva. Sessenta por cento do avanço de agosto pode ser atribuído a um aumento de 0,8% em margens para serviços de comércio de demanda final.
Os preços para serviços de demanda final menos comércio, transporte e armazenamento também subiram 0,3%.
Por outro lado, o índice de demanda final e os serviços de transporte e armazenagem diminuíram 0,2%.
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