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EUA seguirão em processo de aumento dos juros, diz ata do FOMC

EUA seguirão em processo de aumento dos juros, diz ata do FOMC

Os EUA prosseguirão no processo de aumentar a taxa de juros pelo menos nas próximas duas reuniões do FOMC (sigla para o Comitê de Política Monetária do Fed, o banco central dos EUA), cada uma delas em meio ponto percentual. Assim, o país chegará ao fim de agosto com a taxa no intervalo entre 1,75% e 2% ao ano.

A informação foi dada na ata da última reunião, realizada no último dia 4 e divulgada na tarde desta quarta-feira (25). A alta tem o objetivo de combater o avanço da inflação no país, pressionada pelo excesso de atividade econômica registrada após o controle da pandemia de cnvid-19 e pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

Em abril, o CPI, mais usado índice de inflação norte-americano, teve taxa de 0,3%, e o acumulado dos últimos 12 meses aponta 8,3%. O núcleo do CPI, que desconsidera preços mais voláteis, como a energia e os combustíveis, está acumulado em 6,5% nos últimos doze meses, o que mostra a pressão sobre toda a economia. É o cenário mais forte de inflação enfrentado pelo país nos últimos 40 anos.

Aumentos de juros focados em indicadores

Na última reunião, o FOMC aumentou a taxa básica de juros dos EUA para o intervalo em meio ponto porcentual, entre 0,75% e 1% ao ano. O próprio presidente do Fed, Jerome Powell, havia anunciado no comunicado que a tendência era de nova alta na próxima reunião, em junho.

Dias depois, em evento promovido pelo jornal The Wall Street Journal, Powell reafirmou que a elevação das taxas deve permanecer até o momento em que os preços caírem a níveis convincentes e o país perceber indícios claros de redução nos índices de inflação.

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A ata registra que os conselheiros perceberam, diante do cenário de forte pressão inflacionária, a necessidade de um aperto monetário rápido e constante. Eles ressaltam que as medidas serão tomadas sempre com base nos indicadores financeiros.

Dados preocupantes no curto prazo

Segundo a ata, que sondagens junto a analistas do mercado apontaram, em abril, uma estimativa de juros mais alta que nos meses anteriores – projetada em até 3,13% no fim do ano.

Além disso, os dados relativos ao emprego mostram uma economia funcionando em plena capacidade, o que muitas vezes auxilia no processo de pressão inflacionária.

Os conselheiros disseram contudo, que estarão atentos aos indicados para evitar que o aperto monetário possa reduzir a atividade econômica ao ponto de causar uma recessão – o PIB do primeiro trimestre já teve resultado abaixo do esperado.

“O FOMC está preparado para ajustar os parâmetros a política monetária se houver algum risco que impeça os objetivos de serem alcançados. O comitê vai levar em conta uma grande quantidade de informações, inclusive sobre mercado de trabalho e saúde pública,  pressões e expectativas sobre a inflação, além do desenvolvimento do cenário internacional”, escreveu o FOMC no fim da ata.

Analise da EQI

Para Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, a ata não trouxe grandes novidades e foi recebida com naturalidade pelo mercado financeiro.

“A sinalização é clara, de que eles devem continuar subindo os juros nas próximas reuniões, próximo do que eles consideram neutro, entre 2,5% e 3% de taxa nominal. A ata reforça essa dinâmica de continuidade no aumento até o final do ano”, explicou.

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