Recentemente surgiu um investimento interessante no mercado: os ETFs de metaverso. Ele é uma combinação de ETF com criptoativos e facilita ao investidor fazer aplicações nesse mundo virtual.
O artigo a seguir trata dessa questão. Leia-o até o fim e descubra como fazer parte desse mercado de maneira segura e confiável.
Siga em frente e tenha uma boa leitura!
O que é um ETF?
Os ETFs são mais conhecidos por sua sigla. Seu conceito significa Exchange Traded Fund e são veículos de investimento baseados em índices financeiros.
Ao aportar recursos em um ETF, o investidor está aplicando em um fundo de investimentos que possui características especiais. Nesse caso, trata-se de um fundo que busca replicar algum índice do mercado.
Ou seja, enquanto um índice representa uma “cesta” virtual de ativos (já que não é possível comprar um índice), o ETF representaria uma cesta real, na qual é possível investir recursos.
Quem aplica em um ETF está fazendo investimento em uma série de ativos ao mesmo tempo, simplificando a alocação do recurso e minimizando riscos, além de reduzir custos.
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O que é um metaverso?
Desde que Mark Zuckerberg anunciou a mudança do nome de sua companhia de Facebook para Meta, o conceito de metaverso se espalhou rapidamente.
Isso ocorreu porque ele indicou os rumos que a empresa deve seguir nos próximos anos. A organização agora aposta firme no desenvolvimento de um universo virtual, no qual pessoas farão parte por meio de avatares.
A isso se dá o nome de metaverso, uma realidade paralela que indivíduos acessariam para atividades cotidianas do mundo real. Ir a shows, fazer compras e se relacionar com outras pessoas (avatares) são exemplos disso.
No entanto, a palavra metaverso não é exclusiva ao ambiente criado por Zuckerberg. Ela se refere a qualquer universo virtual criado por uma empresa.
E de fato, existem diversos outros metaversos. Alguns exemplos vêm do mundo dos games, como Decentraland, Mana e Roblox. Em alguns metaversos é possível até mesmo comprar terrenos virtuais.
Outro ponto que chama atenção é a presença cada vez maior de empresas conhecidas no mundo real nos metaversos. Podemos citar Nike, Itaú e Gucci, além de empresas de tecnologia como Nvidia e Microsoft.
Quais são os tipos de ETFs ligados ao metaverso?
Existem basicamente duas formas de investir em um ETF de metaverso. A primeira delas é buscar um investimento que vise o desempenho das empresas ligadas ao desenvolvimento da tecnologia usada no espaço virtual.
A outra maneira é buscar ETFs que rastreiam índices cuja composição se dá por meio da tecnologia envolvida nas transações financeiras de um metaverso.
Acompanhe a seguir a explicação e exemplificação de cada uma das modalidades citadas. Confira.
ETFs ligados às empresas do setor
Conforme dito, um ETF de metaverso pode ser ligado indiretamente a ele. Ora, estamos falando de um ambiente puramente virtual. Logicamente, a tecnologia necessária para construir e manter tudo isso é gigantesca.
Como é de se esperar, essa tecnologia só pode ser provida por empresas desse setor. Assim, ETFs dessa natureza buscam replicar índices que estão ligados a essas organizações.
E não somente isso, mas também a empresas de processamento de pagamentos digitais, já que existe transação financeira dentro de um metaverso.
Também é preciso incluir o fato de que várias moedas virtuais são usadas como pagamentos. É por isso que esses ETFs também podem estar ligados a empresas desenvolvedoras de tecnologia blockchain.
Recentemente tivemos o anúncio do lançamento de dois ETFs desse tipo. Eles são da gestora Fidelity Investiments, uma das maiores empresas de gestão do mundo com US$ 4,2 trilhões sob gestão.
Um dos ETFs é o ETF Fidelity Metaverse, que rastreia o Fidelity Metaverse Index. Já o segundo produto é o ETF Fidelity Crypto Industry and Digital Payments, com exposição também a criptomoedas.
ETFs ligados às tecnologias financeiras do setor
O outro tipo de ETF de metaverso é ligado principalmente à tecnologias financeiras. Estamos falando não somente de criptomoedas, mas também de tokens e de NFTs.
Esse tipo de criptoativo é muito usado para dar valor a itens colecionáveis em jogos, de forma que possam ser trocados por criptomoedas e, posteriormente, em moeda fiduciária, caso o jogador assim deseje.
E tudo isso só é possível devido à aplicação da tecnologia blockchain.
No Brasil, tivemos o anúncio recente de um ETF de metaverso que opera nessa modalidade. No último dia 4 de abril de 2022, estreou na B3 o ETF NFTS11, da gestora brasileira chamada Investo.
O NTFS11 espelha o índice MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders. Este por sua vez está ligado a diversos tokens e NFTs de vários jogos de sucesso que são baseados em metaversos.
A relação passa pelos jogos The Sandbox (SAND), Gala (GALA), Basic Attention Token (BAT), Axie Infinity (AXS), Enjin Coin (ENJ) e Decentraland (MANA).
Todos os termos descritos entre parênteses são os tokens usados nos jogos que servem como a moeda para fazer negócios.
Quais são os riscos de investir em um ETF de mtaverso?
Para algumas pessoas, pode parecer muito irreal investir em um mundo virtual. E realmente é. Dessa forma, existem riscos ligados aos ativos transacionados nesse tipo de ambiente.
Um deles é a volatilidade. Nesse tipo de mercado, ela costuma ser muito alta. Não raro, criptoativos se movimentam na casa percentual das dezenas: +25% ou -10% em um único dia.
Sendo assim, nunca é aconselhável investir pesado nesse tipo de investimento, pois o patrimônio de um investidor pode sofrer fortes variações e nem todos estão preparados para isso.
Além disso, existe o risco de que determinado metaverso de um jogo caia no esquecimento. Afinal de contas, o mundo dos games é assim mesmo, alguns jogos têm preferência do público e outros nem tanto.
Se isso acontecer com algum dos tokens dos jogos, o patrimônio do investidor pode cair bastante e nunca se recuperar. Mais uma razão para não investir pesado.
Conhecer um ETF de metaverso é o primeiro passo para fazer um investimento consciente. Existem muitas oportunidades nesse mercado, mas os riscos devem ser considerados e muito bem avaliados.
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