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Estrangeiros na bolsa: por que eles estão vindo para a B3 e o que isso sinaliza ao investidor?

Estrangeiros na bolsa: por que eles estão vindo para a B3 e o que isso sinaliza ao investidor?

Os estrangeiros na bolsa estão com grande representatividade no mercado brasileiro. Basta observar sua participação de mais de 25% nos negócios concretizados, segundo informa a própria B3. Em apenas um ano, o volume de capital vindo de fora aumentou incríveis 19 vezes.

Para discutir melhor essa questão, trouxemos este artigo. Nele, você encontrará as principais razões para o aumento tão expressivo desse fluxo. Leia o texto e fique mais bem informado.

Confira!

Como é o cenário atual dos estrangeiros na bolsa?

O fluxo de participação dos estrangeiros na bolsa brasileira aumentou consideravelmente, levando em conta os dados do ano de 2021 em relação ao ano de 2020.

Para se ter ideia do grande aumento, de janeiro a dezembro de 2021, as compras dos estrangeiros na B3 superaram as vendas em nada menos que R$ 95 bilhões.

Esse número pode ser entendido como o saldo entrante na bolsa brasileira.

Quando comparamos a informação com o mesmo período de 2020, a diferença fica clara: nesse ano, o saldo positivo foi de apenas R$ 5,5 bilhões.

Isso é um crescimento de 19 vezes no período de apenas 1 ano!

Mas o que explicaria tamanha participação do capital estrangeiro na bolsa de valores brasileira? O que o mercado externo está vendo que falta ao próprio brasileiro enxergar, já que o movimento interno é contrário ao estrangeiro?

Aline Cardoso, co-head da EQI Research, pontua: “O Ibovespa tem 40% de commodities e bancos, estamos em rotação de crescimento, com ações de tecnologia caindo e commodities e bancos subindo. Quando você tem rotação, o estrangeiro vem para a bolsa brasileira”.

Essa é uma das explicações do movimento atual e tem raízes em um comportamento de mercado, observando em muito a macroeconomia e a composição das ações listadas na B3.

Existem ainda outras questões relacionadas ao momento atual vivido pelo Brasil e é isso que será analisado no tópico a seguir.

dólar

Quais são as razões que justificam o aumento do fluxo de capital gringo na B3?

Acompanhe a seguir as principais razões que buscam explicar a vinda massiva de capital estrangeiro para a bolsa de valores do Brasil.

Ativos descontados

Certamente um dos motivos mais fortes de atração de estrangeiros para a bolsa brasileiro reside no preço dos ativos negociados atualmente.

O gringo investidor olha para o mundo inteiro, considerando diversos países para aportar seu capital.

Nesse sentido, o Brasil apresenta uma grande vantagem: devido às condições internas, a bolsa como um todo está sofrendo depreciação ao longo do ano. No entanto, a divulgação de resultados das empresas indicam bons números.

Isso faz com que a relação preço/lucro fique atraente, pois ao mesmo tempo que os indicadores mostram empresas com bons fundamentos, o valor das ações está caindo.

Para o gringo, isso representa uma ótima oportunidade. Principalmente quando compara-se ao restante do mundo, onde o preço das bolsas está em níveis elevados.

Nesses países, a relação preço/lucro encontra-se “esticada”, o que faz com que o Brasil seja uma opção bem mais interessante no momento.

Câmbio

Outro ponto muito favorável ao investidor internacional é a desvalorização do real frente ao dólar.

Com isso, o preço dos ativos (que já está atraente por si só) se torna mais chamativo ainda. O gringo mede seus investimentos sempre em dólar e, ao olhar para o Brasil, o preço fica muito barato.

Ainda que o câmbio brasileiro tenha dado leves sinais de melhora no meio do ano passado, ele voltou a piorar. Com isso, o dólar se valorizou frente ao real.

Para o investidor internacional que investe em dólares, uma ação da Vale (VALE3), por exemplo, que custa R$ 85,00 ao brasileiro, custa-lhe apenas U$ 15,00.

Olhando apenas para o poder de compra da moeda local do país, sem considerar o câmbio, é uma grande diferença. Isso faz com que a atração pelos ativos brasileiros aumente bastante nesse momento.

Taxa interna de juros

Essa é uma questão interna que acaba favorecendo o capital de risco, tanto aquele que vem de fora quanto o nacional.

A razão disso é porque, historicamente, a renda fixa sempre pagou bem no Brasil. No entanto, uma política mais liberal implantada recentemente abaixou a Selic para níveis históricos.

Como a bolsa é um oposto da renda fixa, o capital migrou para a B3. Mas então veio a pandemia e, com ela, uma situação de alta da inflação.

Isso fez com que o governo precisasse elevar a taxa básica de juros (Selic) e isso fez com que a renda fixa se tornasse atrativa novamente aos olhos do investidor nacional.

O reflexo disso é uma migração do capital da bolsa para aplicações de renda fixa, o que faz com que o valor dos ativos na B3 caiam, mas sem que os fundamentos das empresas apresentem piora.

Quem conhece o mercado de risco sabe que isso pode representar uma grande oportunidade.

Porque o investidor brasileiro está em movimento contrário aos estrangeiros na B3?

Conforme já mencionado, o brasileiro tem uma tradição muito forte com a renda fixa. Basta olhar para o investimento em poupança que, mesmo sendo o pior título para se investir no Brasil, é o que detém mais recursos.

Isso quer dizer que quando o movimento de alta na taxa básica de juros teve início, um sinal foi dado ao mercado: a renda fixa voltaria a pagar bons retornos.

Assim, o investidor que tinha ido à bolsa porque a renda fixa estava pagando 2% ao ano viu motivos de sobra para fazer o movimento contrário.

Com mais pessoas com essa intenção, preços cada vez menores nas ações passaram a ser aceitos, fazendo com que a cotação diminuísse cada vez mais.

No entanto, observe ações como a própria VALE3 por exemplo: cotada a R$ 62,00 em 18 de novembro de 2021, fechou 19 de janeiro de 2022 a R$ 88,00. Isso é uma valorização de 41% em apenas 2 meses.

Como se vê, não é a toa que a entrada de estrangeiros na bolsa tenha se intensificado tanto nos últimos anos. Certamente o que se percebe do mercado brasileiro é uma grande oportunidade, com vários bons ativos tendo seu preço descontado no momento. Se o certo é comprar na baixa para vender na alta, talvez esse seja o melhor momento de fazer parte do mercado de risco nacional.

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