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Guilber Hidaka: os melhores destinos que fogem do óbvio

Guilber Hidaka: os melhores destinos que fogem do óbvio

Na era das redes sociais, onde cada clique parece repetição de um cartão-postal, há quem vá na contramão. Guilber Hidaka, influenciador de viagens e experiências e embaixador da EQI Investimentos, é um desses nomes. Ele aposta na escuta, na intuição e no contato real com os lugares e pessoas para encontrar destinos que ainda respiram autenticidade.

“Às vezes é uma história contada por um morador, uma vila que aparece num canto do mapa, um lugar que só se chega a pé, ou mesmo um detalhe esquecido em uma reportagem antiga. Também faço questão de ouvir as pessoas — guias locais, agricultores, pescadores, peregrinos — eles sempre entregam lugares que o algoritmo não entrega”, diz.

O que torna um destino inesquecível?

Guilber Hidaka é fotógrafo, formado em propaganda e marketing e fundador da BufalosTV, empresa que produz programas independentes, na internet e na TV. Em seu canal no instagram, revela-se um viajante que foge do óbvio.

Mais do que paisagens bonitas, fama no Instagram, luxo ou exclusividade, Guilber conta que procura lugares que mexem com o espírito e tiram o viajante do automático: “Pode ser uma cidade abandonada em ruínas, uma senhora contando histórias da juventude, ou uma refeição simples feita com o ingrediente certo, no lugar certo”.

Para ele, um destino precisa ter camadas. Ele busca onde há “silêncio e história”, avalia se existe “uma tensão entre o antigo e o novo”, e observa até se “as crianças ainda brincam na rua”.

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Essa curadoria sensível, quase intuitiva, se mistura a um olhar estratégico: ele também considera se o lugar tem potencial para gerar um conteúdo com impacto real e positivo, tanto para quem o segue quanto para quem vive ali.

Os destinos mais surpreendentes

Guilber coleciona descobertas fora dos radares turísticos. Como Drave, uma vila fantasma nas montanhas perto de Porto, em Portugal, ou as caldeiras de Furnas, nos Açores, onde natureza e cultura se entrelaçam em um ambiente vulcânico e ancestral. Ou ainda a estrada isolada no Deserto do Atacama, onde fez um piquenique com a família a mais de 5 mil metros de altitude; e até mesmo o Parque Zum, em Campos do Jordão, onde viu o filho superar um momento de medo.

Mas uma de suas descobertas mais marcantes foi em território brasileiro: Cabaceiras, na Paraíba. “É chamada de ‘Roliúde Nordestina’, mas vai muito além disso”, destaca. “A cultura do bode, as provas de habilidade, a gastronomia feita com orgulho, e a relação afetiva dos moradores com a terra… é um Brasil profundo, potente, e ainda invisível para muita gente.”

Outro destino que o surpreendeu profundamente foi o Monte Fuji, no Japão. A trilha até o topo virou mais do que uma aventura física: foi quase um rito de passagem. “Subir aquela montanha é muito mais do que uma trilha, é uma jornada espiritual. O silêncio, o frio, a névoa, e depois a explosão de luz do nascer do sol no topo… é impossível sair o mesmo de lá. Não esperava me emocionar tanto.”

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Experiências que conectam com algo maior

Se tem um lugar que ficou marcado na memória — e na pele de Guilber — foi Terra Ronca, em Goiás. Um sistema de cavernas gigantescas, ainda pouco conhecido, mas com um potencial imenso para turismo de natureza e contemplação.

“Lá dentro, a sensação é de entrar num templo esculpido pela natureza ao longo de milhões de anos. Dormimos ao lado do rio, e acordei com o som da água e dos pássaros. É um lugar que te faz sentir minúsculo, mas profundamente conectado com algo maior.”

A viagem, para ele, não é sobre o “que ver”, mas sobre “como estar”. Por isso, os momentos mais valiosos geralmente vêm do inesperado — como a vez em que percorreu o Caminho de Santiago com seis tios e acabou se tornando o “guia” da família. “Nem tudo são paisagens de tirar o fôlego — às vezes, o que marca mesmo são os imprevistos”, afirma.

“Criei um ‘relatório de comportamento’ como se eles fossem crianças sob minha responsabilidade. Mencionava, por exemplo, que a tia Carla demonstrou muita sede no voo e o tio Heitor precisou de uma soneca à tarde. Entramos na brincadeira e isso virou um ritual da viagem”, conta.

É esse tipo de memória afetiva que ele mais valoriza: aquela que nasce de vínculos, espontaneidade e histórias que só fazem sentido quando vividas.

Dicas de ouro para quem quer fugir do turismo tradicional

Viajar fora do comum não exige dinheiro, e sim postura. Para Guilber, o primeiro passo é simples: escutar. “Viajar não é só ver, é sentir. Escolha lugares onde você possa caminhar, conversar com quem mora ali, experimentar a comida com tempo. Esqueça o checklist de pontos turísticos e vá atrás de boas histórias.”

Ele também recomenda levar um caderno de anotações ou gravar suas próprias impressões em áudio. “Isso muda tudo.”

E quando o assunto é planejamento, ele alerta: prepare-se, mas esteja aberto ao inesperado. “”Use o Google Maps offline, converse com moradores antes de ir, cheque se o lugar tem estrutura mínima, mas aceite que a mágica está no que você não prevê. Indispensável mesmo é ter flexibilidade, um bom senso de humor e um kit de sobrevivência: lanterna, água, frutas secas e disposição pra mudar de plano.”

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Mais que viagem, uma forma de reconexão

Guilber acredita que viajar pode ser uma forma de reconciliação, com o tempo, com o outro e com a própria essência. Em um mundo acelerado, onde tudo tende a ser embalado e rotulado, ele propõe o contrário: experiências que exigem presença, escuta e humildade.

“Se o destino me faz pensar na vida, ou me reconecta com algo essencial, ele já valeu a pena”, diz.

Ao contar suas histórias, ele convida seus seguidores não apenas a conhecer lugares diferentes, mas a olhar o mundo com mais intenção. Porque, no fim, os melhores destinos não são aqueles que impressionam os outros e sim os que transformam você.

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