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Entenda por que o Bitcoin (BTC) atingiu o menor valor desde julho de 2021

Entenda por que o Bitcoin (BTC) atingiu o menor valor desde julho de 2021

O Bitcoin (BTC), que representa cerca de 40% do mercado de criptomoedas, atingiu o menor valor desde julho de 2021, fechando o dia 10 de março em US$ 30.633, menos da metade do número alcançado no último mês de novembro, US$ 68.925, recorde histórico para o ativo.

Em janeiro deste ano muitos especialistas já alertavam investidores sobre a possibilidade de estarmos próximos de um chamado “criptoinverno”, termo utilizado pelos investidores para designar uma queda sustentada no valor das criptomoedas.

A queda acentuada no valor do Bitcoin entre os dias 9 e 10 deste mês, que representa uma perda de metade do seu valor desde o pico histórico no mês de novembro, deixa sinais claros de que este inverno pode ter chegado para os criptoativos.

Bitcoin atinge menor valor desde julho de 2021.

 

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Isso, entretanto, não veio do nada. Há uma série de fatores que justificam a desvalorização do Bitcoin, como a alta dos juros em diversos países com o objetivo de conter a inflação e as incertezas que a economia mundial tem enfrentado.

Neste artigo apresentaremos um breve histórico do Bitcoin desde a alta histórica em novembro e algumas possíveis justificativas para a desvalorização desta e de outras criptomoedas. Confira!

Novembro de 2021: Bitcoin atinge recorde histórico

Em novembro de 2021, o principal ativo digital do mercado atingiu a histórica marca de US$ 68.925. No ano anterior, o Bitcoin passou por um período de desvalorização sem precedentes, motivado pela pandemia da Covid-19 e os impactos que esta provocou na economia.

No entanto, ao longo do último ano, a moeda se reergueu com força, bem como os demais criptoativos. O setor ficou na oitava colocação no ranking de marketcap, acima de empresas como a Meta e a Tesla, e chegou perto até mesmo de superar o valor da prata.

Mais um fator que impulsionou a valorização do ativo até que chegasse alcançasse sua marca histórica foi a manifestação de Elon Musk, CEO da Tesla, em favor do Bitcoin ao dizer que tem planos de aceitar o pagamento por seus produtos em criptomoedas.

Dezembro de 2021: recuo de aproximadamente 30%

Pouco mais de um mês depois de alcançar os históricos US$ 68.925, o Bitcoin voltou a perder valor de maneira relativamente drástica. Em dezembro de 2021, a moeda recuou em cerca de 30%, caindo para menos de US$ 50 mil.

Este recuo levou os investidores a questionar a sustentação do cenário para a criptomoeda, que tinha, segundo especialistas, a possibilidade de chegar aos US$ 100 mil até o final do ano.

Janeiro de 2022: valor da moeda cai pela metade do máximo histórico de novembro

Apenas três meses depois de atingir a máxima histórica, o Bitcoin sofreu outro notável recuo em, aproximadamente, 50%. Ao final do primeiro mês deste ano, a moeda chegou aos US$ 36.885, passando por uma queda em mais de 13% em relação ao mês de dezembro.

De acordo com especialistas, fatores como a inflação, a queda das bolsas americanas, a possibilidade de banimento do Bitcoin na Rússia e a liquidação de contratos com a moeda foram fatores que podiam explicar a oscilação frequente e a queda do valor do ativo em um período tão curto de tempo.

Fevereiro, março e abril de 2022: especialistas indicavam que Bitcoin poderia superar os US$ 80 mil em 2022

Ao longo dos quatro primeiros meses de 2022, a cotação do Bitcoin permaneceu oscilando entre os US$ 35 e US$ 40 mil. Em fevereiro, no entanto, um grupo de 35 especialistas apontou com otimismo que a criptomoeda encerraria este ano com o valor de US$ 76,3 mil.

Porém, entre os meses de março e abril, o mesmo grupo participou do relatório do Finder e, neste, mostrou que ainda estava otimista sobre o fechamento de 2022 para o Bitcoin, mas com mais cautela. No documento, os especialistas indicaram que o valor do ativo no final do ano seria de mais de US$ 65 mil.

Além disso, segundo eles, antes mesmo ano terminar, o ativo pode alcançar uma marca histórica bem maior do que a do último mês de novembro: US$ 81,6 mil.

Maio de 2022: a chegada do criptoinverno

Já no início deste ano, diante da oscilação e dos constantes recuos da cotação do Bitcoin desde novembro e do cenário de insegurança da economia global, muitos especialistas alertaram para a possibilidade de o mundo estar às portas de um criptoinverno.

Com a cotação do Bitcoin recuando para menos de US$ 30 mil menos de seis meses depois de atingir o recorde histórico de mais de US$ 68 mil, todo o mercado de criptoativos também foi arrastado para baixo. Somente neste ano, todo o setor perdeu, aproximadamente, US$ 1 bilhão.

Por que o Bitcoin perdeu tanto valor?

O cenário econômico instável em que o mundo se encontra, com altas nos juros e hiperinflação em diversos países, é o fator principal que explica o motivo por que o Bitcoin se desvalorizou tanto ao longo dos últimos seis meses.

O Bitcoin é uma moeda muito volátil e considerada de alto risco, justamente o tipo de ativo do qual os investidores querem se livrar em momentos de incerteza e insegurança econômica, como o que o mundo enfrenta no momento.

Neste cenário, os investidores começam a manifestar maior interesse por ativos que garantam mais segurança e mais certeza de retorno, ainda que no longo prazo, como a renda fixa (títulos do Tesouro e até mesmo moedas que estejam em alta).

Ativos de maior risco, nesse momento, acabam perdendo espaço. É não é apenas o Bitcoin. Segundo o site de dados CoinMarketCap, somente em abril, os criptoativos perderam US$ 800 bilhões em valor de mercado.