A Viveo (VVEO3), distribuidora de produtos médicos, optou por adiar sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e aguardar uma janela de mercado mais favorável. As informações são do Brazil Journal.
O adiamento ocorre após a mudança de humor dos investidores com as intervenções de Bolsonaro nas estatais e o agravamento da pandemia no País.
A Viveo preferiu adiar o IPO mesmo com as ordens firmes de gestoras como Dynamo e Equitas.
De acordo com o prospecto, a empresa planeja levantar R$ 1,5 bilhão.
No início de fevereiro, a distribuidora de produtos médicos protocolou pedido de IPO junto à CVM.
A oferta contaria com oferta primária e secundária de ações. Conforme o prospecto, a Viveo pretende utilizar os recursos líquidos provenientes da oferta primária para a expansão orgânica e inorgânica da empresa.
Os coordenadores da oferta são JPMorgan, Itaú BBA, BTG Pactual (BPAC11), Bradesco BBI, Bank of America e Safra.
Sobre a Viveo
Viveo é o nome fantasia da holding CM Hospitalar, que tem como principais sócios a família de Edson Godoy Bueno e de Carlos Eduardo Mafra Terra, e que é dona de marcas como Cremer, de produto cirúrgicos, e Dasa (DASA3), de laboratórios.
A Viveo é um ecossistema de produtos e serviços para o setor de saúde. De acordo com o prospecto, a empresa opera em um ambiente altamente complexo e ainda com muitas ineficiências.
A formação do ecossistema Viveo teve origem na Mafra Hospitalar, que em 2016 já era líder, considerando sua
receita bruta, na distribuição de materiais médicos/hospitalares e medicamentos no Brasil, atendendo hospitais,
clínicas e laboratórios pelo país.
A partir de 2017, a companhia tomou a decisão estratégica de expansão de seus negócios em diversas direções. A
Viveo mantém tradição e pioneirismo na distribuição de materiais médicos/hospitalares e medicamentos.
A empresa acredita ser uma das únicas empresas do setor a investir em frota própria de caminhões.
Lucratividade
Nos últimos 3 anos (2018-2020), a Viveo apresentou um CAGR (taxa de crescimento anual composta) de receita operacional líquida de 29,3% e de Ebitda Ajustado de 33,9%.
De acordo com o prospecto, esse crescimento inclui não somente o crescimento orgânico da companhia, mas
também sua expansão via aquisições.
Ao analisar somente o crescimento orgânico da empresa no período (2018-2020), nota-se um crescimento de receita operacional líquida de 15,3% e 23,9% de crescimento do Ebitda Ajustado.