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Vendas da Cia Hering (HGTX3) caem 5,2% no quarto trimestre de 2019

Vendas da Cia Hering (HGTX3) caem 5,2% no quarto trimestre de 2019

Cia. Hering tem recuo de 5,2% da receita no quarto trimestre de 2019, somando R$ 502,9 milhões. No ano, a receita totalizou R$ 1,815 bilhão, alta de 0,5%.

A Cia Hering (HGTX3) registrou um recuo de 5,2% na receita bruta no quarto trimestre de 2019, na comparação com o quatro trimestre de 2018, somando R$ 502,9 milhões. No ano, a receita totalizou R$ 1,815 bilhão, alta de 0,5%.

A prévia operacional foi divulgada nesta segunda-feira (20). O resultado, porém, não agradou o mercado e as ações da companhia, que atua da indústria ao varejo e é a maior rede de franquias de vestuário do País, fecharam com queda superior a 12,59% no pregão do dia 21.

No quarto trimestre, as vendas tiveram desempenho positivo em outubro e novembro, motivado principalmente pela Black Friday, quando a companhia atingiu recorde histórico de vendas. No entanto, o mês de dezembro ficou aquém do esperado, de acordo com a companhia.

“A ‘ressaca’ de vendas após a Black Friday já era esperada em razão da antecipação de parte das compras”, explicou a empresa em relatório distribuído ao mercado.

Vendas

As vendas no critério mesmas lojas no trimestre apresentaram queda de 4,0%, e no ano, avanço de 2,3%.

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Nas lojas próprias, as vendas recuaram 1,9% no último trimestre do ano frente ao quarto trimestre de 2018; as vendas para franquias apresentaram queda de 5,2% em razão do fechamento líquido de 13 lojas nos últimos 12 meses, redução de 3,2% da área de vendas; e as vendas do canal multimarcas caíram 13,0% no trimestre.

Já o e-commerce apresentou crescimento de 48,2% e atingiu 4,4% do faturamento total.

No ano, as vendas das lojas próprias subiram 6,2% e para franquias aumentaram 1,2%, enquanto o canal multimarcas recuou 4,3%. O e-commerce avançou 43%.

Explicação

Rompendo com tradições passadas, os executivos da Hering convocaram o mercado e promoveram uma teleconferência com analistas para comentar a prévia operacional.

O presidente da Cia Hering, Fabio Hering, afirmou que o desempenho da companhia durante o quarto trimestre, sobretudo durante o período do Natal, “não se confirmou” e gerou um desempenho “aquém da expectativa”.

O executivo afirmou, na teleconferência, que o período de outubro a dezembro teve um “comportamento heterogêneo, disperso”.

“No que diz respeito à conjuntura, à análise da demanda de Natal, as notícias foram heterogêneas. Alguns casos, mostrando o melhor Natal dos últimos anos e, em outras publicações, se fala em um Natal com performance medíocre”, afirmou.

O executivo pontuou que parte do resultado ruim é “reflexo da conjuntura” macroeconômica, mas “que essa não fui a única razão” para o desempenho aquém.

“Entendemos que boa parte é responsabilidade nossa, mas estamos com diagnóstico e uma análise profunda do ocorrido”, disse.

Tá! E aí?

Para os analistas do Morgan Stanley, Fernando Donega e Alexandre Namioka, a Hering está dando os passos certos em seus canais de venda, mas os resultados das festas de fim de ano mostram que “a recuperação pode levar tempo e enfrentar ventos contrários, apoiando uma postura mais cautelosa”.

No relatório a clientes, os analistas do Morgan Stanley destacaram que as vendas online cresceram 48%, contribuindo para o crescimento da receita, porém, nos os canais de lojas próprias, franqueadas e multimarcas, houve retração.

“Os resultados reforçam nossa visão de que o turnaround (reviravolta) de Hering é uma história do tipo me mostre”, concluíram, acrescentando que a recomendação para os papéis é “Underweight” – ou seja, “venda”, e o preço-alvo de R$ 27.

Após o tombo da sessão desta terça-feira (21), os papéis da Hering fecharam cotados a R$ 27,42.

(Com Rodrigo de Oliveira)