A Vale (VALE3) informa que o primeiro navio, o Guaibamax, equipado com o sistema de velas rotativas (rotor sails) a serviço da companhia iniciará viagem nos próximos dias.
Segundo a Vale, a embarcação, que possui capacidade de transporte de 325 mil toneladas de minério de ferro e pelotas, contará com cinco velas rotativas instaladas ao longo da embarcação que permitirão um ganho de eficiência de até 8% e uma consequente redução de emissão de até 3,4 mil toneladas de CO2 equivalente por navio por ano.
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Caso o projeto comprove-se eficiente, estima-se que pelo menos 40% da frota a serviço da Vale esteja apta a utilizar a tecnologia.
“O início da operação de navios equipados com velas rotativas faz parte do portfólio de iniciativas da Vale na área de navegação, que inclui ainda a tecnologia Air Lubrication e a adoção de navios multi-combustível”, informa comunicado da companhia.
“Essas ações contribuem para atingir o compromisso de redução de 15% das emissões líquidas de escopo 3 até 2035”, acrescenta o texto.
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“Adicionalmente, a Vale busca reduzir suas emissões absolutas de Escopos 1 e 2 em 33% até 2030 e atingir a neutralidade até 2050, em linha com o Acordo de Paris, liderando o processo de evolução para mineração de baixo carbono.”
Vale: tecnologia de velas rotativas
As velas rotativas são rotores cilíndricos, com quatro metros de diâmetro e 24 metros de altura.
Em contato com a vela em rotação, o ar passa a se mover em diferentes velocidades ao longo de sua superfície, resultando em uma variação de pressão. Essa alteração impulsiona a embarcação à frente, em efeito semelhante ao das bolas de futebol, tênis e golfe, que realizam curvas durante o voo, em um fenômeno conhecido como “efeito Magnus”.