A Vale (VALE3) informou que deposita hoje R$ 1,2 bilhão referente ao acordo de reparação por Brumadinho, por conta da tragédia ocorrida em 25 de janeiro de 2019.
De acordo com a mineradora, os recursos serão repassados ao Estado de Minas e revertidos para projetos de melhorias de mobilidade urbana.
Também disse que ao todo o acordo firmado entre a empresa, governo mineiro e Justiça prevê R$ 37,7 bilhões para reparar e compensar os danos causados pelo rompimento da barragem
Vale lembrar que a barragem que se rompeu estava, segundo companhia, inativa desde 2015, último ano em que recebeu rejeitos provenientes da produção da Mina Córrego do Feijão.
Ainda de acordo com a empresa, a barragem era segura e possuía documentos que comprovavam essa condição. Porém, na tarde daquele fatídico dia ela rompeu-se, liberando 11,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, sem que nenhuma sirene de perigo fosse emitida.
Funcionários e a população local foi pega de surpresa, com uma enxurrada de lama invadindo suas propriedades. Dezenas de pessoas morreram e várias casas foram destruídas. Até o dia 01 de fevereiro de 2019, oitavo dia de buscas, haviam sido confirmadas 110 mortes, das quais 71 haviam sido identificadas. À época, foram registradas 238 pessoas desaparecidas.
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Vale processada pela SEC
Conforme noticiado pelo Euqueroinvestir dia 29 de abril, a Vale é alvo de processo da SEC nos EUA.
Isso porque o “xerife do mercado” dos EUA acusa a mineradora brasileira de produzir relatórios falsos acerca de barragens.
Também em abril a companhia iniciou as obras em mais uma das cinco barragens a montante que serão eliminadas em 2022, como medida de segurança, uma vez que as estruturas com esse modelo de construção oferecem mais riscos.
Os trabalhos têm focado a descaracterização do Dique Auxiliar da Barragem 5, na Mina Águas Claras, em Nova Lima (MG), antecipou a empresa à Reuters.
Ao final do ano, o dique será uma das 12 estruturas alteadas a montante da empresa eliminadas no Brasil. Ao todo 30 estruturas passarão pelo processo.
A empresa ainda definiu que as atividades de escavação e movimentação do rejeito serão realizadas com equipamentos não tripulados, operados remotamente, com tecnologia desenvolvida pela empresa em conjunto com fornecedores.
E acrescentou que a previsão de conclusão dos trabalhos é em dezembro deste ano. Atualmente, tanto o Dique Auxiliar quanto a Barragem 5 estão em Nível de Emergência 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), sendo ambas as estruturas monitoradas permanentemente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico da Vale.
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