O presidente Donald Trump irá encaminhar ao Congresso norte-americano um pacote de estímulo à economia no valor de US$ 850 bilhões para fazer frente aos efeitos da expansão do coronavírus, informou o Washington Post, com base em informações de fontes do governo. Entre as medidas estaria um corte de impostos na folha de pagamentos. Do total de recursos, US$ 50 bilhões seriam destinados especificamente ao setor aéreo. Os valores seriam também em complemento ao pacote ainda em discussão de US$ 100 bilhões destinados a licenças médicas a trabalhadores contaminados pela doença.
Senado
Os detalhes do plano devem ser apresentados pelo secretário do Tesouro Steven Mnuchin aos senadores nessa terça-feira (17). Porém, não há sinalizações claras sobre qual será a recepção, de acordo com o jornal. Isto porque por várias semanas Trump pressionou o Congresso a aprovar o corte de imposto sobre os salários, cujos recursos, pagos por funcionários e empregadores, financiam benefícios de Seguro Social e Medicare.
O argumento dos democratas é que esse corte de impostos não beneficiaria necessariamente as pessoas que perderam o emprego por causa da crise do coronavírus. Nos últimos dias, no entanto, os legisladores reconheceram a necessidade de um pacote econômico robusto para estabilizar a economia e é provável que alguns pontos sejam revisados.
Ajuda é maior que em 2008
A tentativa de injetar dinheiro na economia repete medidas de estímulo que o Congresso adotou durante a crise econômica de 2008. Desta vez, a avaliação é a intervenção precisa ser mais rápida e ainda mais extrema. Naquela ocasião, o montante de ajuda para tentar resgatar o sistema financeiro somou US$ 700 bilhões.
Essa seria a terceira ação do governo no enfrentamento da pandemia. No início deste mês, o Congresso aprovou US $ 8,3 bilhões em gastos de emergência para programas de saúde pública e, na semana passada, a Câmara aprovou um pacote com licença médica paga, seguro-desemprego, dinheiro para vale-refeição, teste de coronavírus gratuito, entre outros pontos. O país já sente os reflexos da desaceleração, várias medidas de restrição de circulação e aglomeração de pessoas foram tomadas e Trump já afirmou que os EUA podem enfrentar uma recessão.
