A Tesla, fabricante de carros elétricos de luxo, anunciou nessa quinta-feira (13) que vai colocar mais de US$ 2 bilhões de ações no mercado. Com esse movimento, a empresa pode entrar no rol das poucas companhias que valem mais de US$ 650 bilhões, como as gigantes de tecnologia Apple, Amazon, Alphabet (que administra as marcas Google) e Microsoft – essas todas já bateram na casa de US$ 1 trilhão.
A Tesla vem apresentando números impressionantes no mercado financeiro desde o começo do ano. No dia 29 de janeiro, por exemplo, conseguiu uma valorização na bolsa de valores de 29%.
Assim, a empresa, que recentemente havia batido a casa dos US$ 100 bilhões de valor de mercado, subiu no dia 4 de fevereiro a quase US$ 160 bilhões. No decorrer do mês, entretanto, os papéis recuaram e no dia 12 de fevereiro, estava avaliada em US$ 139,6 bilhões, o que é mais do que Volkswagen e General Motors juntas.
Só a Toyota, em torno de US$ 200 bilhões, vale mais do que a Tesla no clube das montadoras.
Novas ações da Tesla
Elon Musk, o todo-poderoso CEO da marca, comprará ele próprio US$ 10 milhões destas novas ações. Os US$ 2 bilhões que serão disponibilizados atraíram os bancos de investimento Goldman Sachs e Morgan Stanley, que estão subscrevendo o acordo e terão até 30 dias para adquirir US$ 300 milhões em ações.
O empresário já é o 26º homem mais rico do planeta, segundo a revista Forbes, que comumente atualiza esse tipo de ranking. Sua fortuna pessoal é avaliada em US$ 38 bilhões e está a menos de US$ 2 bilhões de ultrapassar o fundador da Nike, Phil Knight.
Segundo o Estado de S. paulo, “a valorização recente tem sido impulsionada por relatórios de analistas do mercado, que veem na empresa potencial para dominar o setor de carros elétricos nos próximos anos. Os bons ventos são justificados porque a Tesla tem conseguido entregar suas metas de produção, dar lucro e expandir instalações na China – o país asiático é hoje considerado chave para o futuro da companhia”.
Tanto otimismo faz os investidores acreditarem que a Tesla vai atingir US$ 1 trilhão em receitas ao longo da próxima década. Ainda falta muito. Segundo o mais recente balanço, montadora faturou em 2019 US$ 24,6 bilhões.
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