A Medallia Inc é uma empresa de tecnologia do Vale do Silício que , basicamente, rastreia a experiência do cliente para buscar tendências e soluções de mercado. Entre seus clientes, estão gigantes como a Apple, Disney e, no Brasil, Itaú e Vivo.
A diretora da empresa na América Latina é a brasileira Tamaris Parreira, que vai falar da trajetória na próxima edição da Money Week. O evento, totalmente online e gratuito, acontece de 23 a 27 de novembro.
Graduada em Direito, Tamaris começou sua trajetória profissional há 26 anos na filial brasileira da American Express.
Desde então, passou por diversas multinacionais, como Hertz, HP, Oracle e Amazon. Hoje, seu papel é conectar tecnologias para ter uma melhor oferta para o mercado brasileiro e latino-americano.
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Segredo para detectar tendências
Por sempre ter trabalhado em empresas de capital aberto, Tamaris passou a se interessar pelo mercado financeiro. Fez um MBA em Economia na FGV e um curso na antiga BMF Bovespa, atual B3.
Assim, depois de 10 anos de carreira dentro do mercado de tecnologia, tornou-se mentora dentro das companhias. Como diretora América Latina na Medallia, cuida diretamente das alianças da empresa na região. Isso inclui cobertura do mercado por meio de revendedores, implementadores e todos os tipos de parceiros.
Foi assim, com sua experiência e estudo constante, que se tornou especialista em buscar tendências de mercado. Parte de seu trabalho é avaliar o plano de negócio de companhias, avaliando se há compatibilidade. Assim, aprendeu que a sinergia dos negócios na hora de uma atuação conjunta no mercado é fundamental.
Tamaris Parreira buscou então uma certificação para ser conselheira de organizações com esse enfoque de inovação. O selo Trends Inovation, da Inova Business School, é sobre mapeamento de tendências para vários segmentos de mercado, inclusive o de capitais. “Estamos olhando tendências para os próximos, 20, 30, até 50 anos”, explicou.
E esse é o seu maior valor para o mercado: estar em tecnologia e sempre olhando tendências que podem impactar um negócio que, se hoje ainda é bastante perene, pode ser transformado por uma nova tecnologia.
Liderança feminina
Mesmo com avanços sobre igualdade de gênero, o mercado de tecnologia ainda é dominado por homens. Segundo a executiva, apenas 20% das profissionais atuantes nesse nicho são mulheres. E desses 20%, menos de 5% chegam à diretoria, presidência e vice-presidência de organizações.
Portante, Tamaris Parreira é uma exceção à essa regra. “Eu sempre fui muito atuante em uma ação interna nessas organizações multinacionais sobre liderança feminina”, comenta. No ano passado, recebeu um convite para ser embaixadora do Capital Feminino. A plataforma, ainda em construção, é focada em capacitação de mulheres sobre educação financeira.
“Estamos construindo essa plataforma e ela vai conectar negócios, empresas e, principalmente, mulheres. A gente acredita no capital humano, mas, a ideia é fomentar o maior número de mulheres no mercado de tecnologia e financeiro”, explicou.
Além disso, faz parte do Mulheres do Brasil, grupo liderado por Luiza Helena Trajano, da Magazine Luiza. “Estou também com a equipe do Rede Mulher Empreendedora, com a Ana Fontes, enfim, estou sempre envolvida nesse meio”, acrescenta.
Tecnologia e educação financeira como motores sociais
Na Money Week, Tamaris vai participar de um painel sobre tecnologia, junto com a CEO da Intel. Ela conta que aceitou o convite porque acredita que a educação financeira é tão importante quanto a tecnologia para progredirmos como sociedade.
Para ela, o número de investidores na bolsa precisa crescer. E a capacitação serve para que esses novos investidores possam tomar as melhores decisões na hora de comprar um ativo. Além de entender qual vai ser a estratégia a longo prazo.
“Sou de uma geração que não teve educação financeira como base. Fui ajustando ao longo da minha vida e, se eu pudesse dar uma dica aos jovens, seria: estudem. Acho que a EQI e a Money Week são excelentes fontes de informação confiável para quem quer investir e se educar para o mercado financeiro.”
Por experiência própria, ela diz que teria obtido mais ganhos se tivesse aprendido mais cedo a investir melhor. Começou aplicando em imóveis físicos. Hoje, 80% de seu dinheiro está aplicado no mercado de capitais.
“Meu objetivo, financeiramente, é ter a minha independência financeira e poder tomar as minha decisões no sentido de gerar um legado para o nosso país. Estar muito engajada na educação financeira é um projeto que eu tenho também e acho que o Capital Feminino vai ser um catalisador para isso”, finalizou.
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