A BB Seguridade (BBSE3), holding que reúne os negócios de seguros, previdência, capitalização e corretagem do Banco do Brasil, anunciou um lucro líquido gerencial de R$ 2,6 bilhões no terceiro trimestre de 2025 (3TRI25) — o maior resultado trimestral recorrente desde a abertura de capital da companhia, em 2013. O montante representa um crescimento de 13,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, consolidando mais um trimestre de desempenho robusto.
O avanço foi sustentado, principalmente, pelo forte resultado financeiro, que subiu 55,1% no comparativo anual, impulsionado pelo aumento do saldo médio de aplicações financeiras, pela manutenção da taxa Selic em patamar elevado e pela deflação do IGP-M — fator que reduziu o custo do passivo de planos de previdência de benefício definido administrados pela Brasilprev.
No acumulado dos nove primeiros meses de 2025, o lucro líquido gerencial recorrente somou R$ 6,8 bilhões, alta de 13,7% (R$ 818,3 milhões) frente ao mesmo intervalo de 2024. A expansão foi atribuída ao crescimento dos prêmios ganhos e receitas de corretagem, à redução da sinistralidade e à melhora consistente no resultado financeiro consolidado.

BB Seguridade no 3TRI25: estratégia centrada no cliente
Delano Valentim de Andrade, presidente da BB Seguridade, destacou que o trimestre marca sua estreia no comando da companhia e reforçou a continuidade da estratégia de crescimento sustentável.
“Ao divulgarmos mais um desempenho consistentemente positivo, fruto de uma estratégia centrada no cliente, podemos ter tranquilidade que nossos esforços estão sendo empenhados na direção certa. Estamos comprometidos em oferecer soluções inovadoras, personalizadas e sustentáveis, e continuamos avançando para sermos a referência brasileira em proteção, segurança e tranquilidade”, afirmou o executivo.
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Entre as empresas que compõem o grupo BB Seguridade, o trimestre foi marcado por expansão em todos os segmentos, com destaque para o resultado financeiro impulsionado pela conjuntura macroeconômica favorável.
Brasilseg: A seguradora, responsável pelos ramos de vida, habitacional, rural e patrimonial, registrou lucro líquido gerencial recorrente 7,2% superior ao do 3º trimestre de 2024. O crescimento foi apoiado por um avanço de 51,1% no resultado financeiro, reflexo direto da maior taxa média da Selic. O resultado operacional não decorrente de juros cresceu 2,9%, impulsionado por um aumento de 6,8% nos prêmios ganhos retidos — beneficiado pelo reconhecimento de receitas de vendas realizadas em períodos anteriores.
Brasilprev: A empresa de previdência apresentou lucro líquido gerencial recorrente de R$ 709,5 milhões, alta de 19,1% frente ao 3T24. O desempenho foi alavancado pelo crescimento de 35% do resultado financeiro, favorecido pela redução do custo do passivo, em um contexto de deflação do IGP-M. O resultado operacional não decorrente de juros também avançou 4,1% no período, refletindo a boa performance da base de planos ativos e a eficiência na gestão dos recursos.
Brasilcap: Na divisão de capitalização, a arrecadação cresceu 5,4%, sustentada pelo aumento no número de títulos de pagamento mensal vendidos e pelo incremento do ticket médio. O lucro líquido da operação foi 31,1% maior do que o registrado um ano antes, impulsionado pela expansão do saldo médio de ativos rentáveis e pela melhora de 1,3 ponto percentual na margem financeira — evidenciando a recuperação do segmento após um período de menor rentabilidade no ciclo anterior.
BB Corretora: A subsidiária responsável pela intermediação e distribuição dos produtos de seguros e previdência do grupo reportou lucro líquido 9,3% superior ao do mesmo trimestre de 2024. As receitas de corretagem cresceram 4,2%, impulsionadas pela apropriação de comissões de vendas realizadas em trimestres anteriores e pela retomada gradual de novas contratações no varejo.
Guidance: desempenho mantido até setembro
A BB Seguridade divulgou que, no acumulado dos nove primeiros meses de 2025, o resultado operacional não decorrente de juros — considerando as empresas controladas, exceto a holding — superou o intervalo projetado no guidance do exercício. Segundo a companhia, o desempenho ficou acima das expectativas formais, embora esteja em linha com o cenário interno estimado para o período encerrado em setembro.
De acordo com o balanço, o desempenho reflete a continuidade de uma estratégia voltada à eficiência operacional e à consolidação de receitas em segmentos com maior margem, mesmo diante de um ambiente macroeconômico desafiador, marcado pela desaceleração do crédito e pela estabilidade dos juros em patamares elevados.
No indicador de reservas de previdência PGBL e VGBL, administradas pela Brasilprev, a variação do saldo em doze meses ficou próxima ao limite inferior do intervalo do guidance divulgado para o ano. A empresa destacou que o comportamento reflete o cenário de maior seletividade dos investidores e o ambiente de competição acirrada no setor de previdência complementar aberta, que vem passando por ajustes estratégicos diante da recomposição de taxas e da reprecificação de ativos.
Por outro lado, no indicador de prêmios emitidos da Brasilseg, o desempenho ficou abaixo das projeções para o período. O resultado foi impactado, principalmente, por um volume menor que o esperado nos produtos vinculados ao crédito, com destaque para o seguro agrícola, cujo comportamento foi influenciado pela retração da oferta de financiamentos rurais e pela volatilidade climática registrada em algumas regiões do país.
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