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Setores considerados essenciais durante a pandemia estão contratando

Setores considerados essenciais durante a pandemia estão contratando

Além da crise sanitária e social, a pandemia do novo coronavírus, o Covid-19, ameaça a economia de modo severo e, especialmente, os empregos. Mundo afora, os países buscam formas de minimizar o impacto devastador que o vírus fará sobre a economia global. Mas, a despeito do cenário sombrio, setores considerados essenciais, como supermercados, hospitais, farmácias e distribuição, por exemplo, estão contratando e crescendo a oferta de empregos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dos maiores embates políticos nesse momento é como o Estado brasileiro vai conseguir resguardar a economia e os empregos durante a crise. A Câmara dos Deputados de um importante passo nessa quinta-feira (26), aprovado o auxílio emergencial de R$ 600 aos brasileiros de baixa renda e aos autônomos. A proposta ainda tem que percorrer o Senado Federal e a sala da Presidência da República para que o dinheiro efetivamente chegue a quem precisa.

Enquanto isso, lojas, bares, restaurantes, cinemas, teatros, cafés, qualquer comércio considerado “não essencial” está fechado por decretos estaduais de quarentena, esperando ainda pelo pior.

Novas vagas em setores essenciais

O Estadão falou com o ex-feirante Willian dos Santos, de 30 anos, que comemora um emprego novo, de separador de itens orgânicos: “o momento é triste para todos nós, mas, como tenho uma filha, ter conseguido emprego fixo agora foi muito bom”.

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“Juntas, as redes Carrefour, GPA (Grupo Pão de Açúcar) e Big devem contratar quase 11,5 mil pessoas – entre vagas temporárias e efetivas”, diz matéria do jornal.

“Só o Carrefour abriu 5 mil postos em todo o País, temporários e efetivos. Segundo a varejista, a necessidade de contratações ocorre pela maior busca por itens de alimentação, artigos de higiene e limpeza. A intenção é reforçar as equipes de atendimento”, reporta.

Com mais gente comprando e se abastecendo, esperando por um agravamento do cenário, os supermercados, considerados essenciais em todo o mundo, precisam reforçar o quadro de funcionários.

Segundo disse ao Estadão o vice-presidente de Recursos Humanos do Grupo Carrefour no Brasil, João Senise, todo o processo de contratação será digital: “vivemos um momento atípico e queremos contribuir para que todos tenham oportunidades de trabalho”.

“Conseguir um emprego já é bom, mas, neste momento, parece ainda mais importante”, conta também ao Estadão Gisele Costa, de 22 anos, que trabalha como operadora de caixa desde terça-feira em uma unidade na zona sul de São Paulo. “Agora, trabalhar em supermercado é também alertar as pessoas, pedir para evitarem aglomerações e apoiar os clientes idosos que não têm quem faça compras por eles”.

Reforço na equipe

A rede Big, que inclui o Bompreço, BIG, Nacional, Maxxi Atacado e Mercadorama, também vai reforçar a equipe, diante do aumento significativo da demanda.

São mais de 500 novas vagas, que incluem desde operador de caixa a repositor. O processo seletivo também será digital.

O Grupo Pão de Açúcar faz seleção de mais de 5 mil empregados temporários. Eles vão trabalhar por 30 dias, que podem ser prorrogados.

O Estadão ouviu também o coordenador da Sondagem do Comércio do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Rodolpho Tobler: “no varejo, supermercados e medicamentos têm se saído melhor do que outros segmentos, como os de eletrodomésticos e roupas, o que se reflete nas contratações. Esse movimento de empregar mais, porém, não deve ser sustentável pelos próximos meses, a não ser que a quarentena se prolongue muito”.

Hospitais

O Walmart, maior empregador privado dos Estados Unidos, também vai contratar. Serão 150 mil trabalhadores temporários. A rival Amazon abriu 100 mil vagas.

“Mesmo fora das grandes redes, há contratações”, diz a matéria do jornal paulista. “Fundador da Raízs, serviço de venda e entrega de produtos orgânicos, Tomás Abrahão conta que o número de pedidos quadruplicou nas últimas semanas. A empresa dobrou o número de colaboradores e vai contratar mais. ‘Não dá para ficar feliz com a situação atual, mas temos um papel importante a cumprir'”.

Os hospitais, o mais essencial entre os setores essenciais, também precisam se reforçar. E os motivos são óbvios. Cinco hospitais de São Paulo e do Rio têm mais de 3 mil vagas disponíveis. Só o Albert Einstein, em São Paulo, vai chamar 1.426 temporários, sendo 509 deles para o hospital de campanha no estádio do Pacaembu.

Também estão contratando o Hospital São Camilo (216 vagas) e o A.C. Camargo (130 postos), em São Paulo, o hospital público Ronaldo Gazolla (841 temporários), no Rio, e a rede D’or (400 vagas), nas duas cidades.

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