Segundo divulgação do Banco Central nesta quarta-feira (30), o setor público brasileiro registrou déficit primário de R$ 15,5 bilhões em maio, ante déficit de R$ 131,4 bilhões em maio de 2020. A expectativa do mercado era por resultado pior: déficit de R$ 18,5 bilhões.
Com isso, o superávit primário soma R$ 60,300 bilhões no ano até maio, ou 1,76% do Produto Interno Bruto (PIB).
Houve déficit primário de R$ 20,9 bilhões no Governo Central e superávits de R$ 5,2 bilhões nos governos regionais e de R$ 134 milhões nas empresas estatais.
Nos primeiros cinco meses de 2021, o setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 60,3 bilhões, ante déficit de R$ 214,0 bilhões no mesmo período de 2020.
No acumulado de doze meses, o resultado nominal do setor público consolidado foi deficitário em R$ 724,3 bilhões, equivalente a 9,14% do PIB, uma redução significativa em relação ao resultado de abril, R$ 827,2 bilhões (10,62% do PIB).

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A Dívida Bruta do Governo Geral – que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – alcançou R$ 6,69 trilhões em maio de 2021, equivalente a 84,5% do PIB, redução de 1,1% do PIB em relação ao mês anterior.
Esse indicador está no radar do mercado, que monitora de perto como será a recuperação da economia juntamente à postura do governo quanto ao nível de gastos, dado que vem apresentando revisões positivas pela melhora nas expectativas do PIB para 2021. Vale lembrar que 2022 é ano de eleição presidencial.
Segundo o BTG Pactual (BPAC11), com a melhora no cenário econômico, as perspectivas para o cenário fiscal têm passado por revisões positivas. A projeção do banco é de endividamento correspondendo a 81,6% do PIB, ante estimativa anterior de 85%.