Segundo pesquisa da Economática, que avaliou o rendimento 12 diferentes ativos em diferentes períodos de tempo, os investimentos com maior rentabilidade nos últimos 5 anos foram o ouro (148%), o Ibovespa (126,7%), Nasdaq (115,5%) e fundos imobiliários (98,5%).
Confira a tabela com a rentabilidade de todos os ativos nos últimos 5 anos, avaliados pela Economática:

Fonte: Economática
O Ibovespa teve um salto em relação ao relatório de rentabilidade dos últimos 10 anos, quando o indicador ocupada a última posição entre os ativos, com 41,82%.
Na pesquisa dos últimos 10 anos, o ativo com pior rentabilidade a frente do Ibovespa foi a Selic, com
137,8%. Isso mostra que o Ibovespa operou muito abaixo do esperado nos 5 anos anteriores a 2015.
Já o ouro e a Nasdaq se mantém em evidência durante toda a década, com 310,49% e 306,85%, respectivamente, de rentabilidade no período.
Investimentos com maior rentabilidade no último ano
Nos dados do último ano, o euro superou a Nasdaq, com 38,35% ante 31,9%. Os fundos imobiliários ficaram na sétima posição, com 5,22%.
O terceiro lugar ficou com o dólar (29,09%). Já o Ibovespa, operou em baixa de 5,90%.
Confira o ranking de investimentos mais rentáveis no último ano:

Fonte: Economática
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O Ibovespa
André Massaro:
O Ibovespa foi o índice com maior rentabilidade nos últimos cinco anos, segundo levantamento da Economatica. Quais fatores influenciaram neste resultado?
O índice Ibovespa, que representa uma realidade ampla no mercado teve a maior rentabilidade nos últimos dois anos, basicamente por dois motivos, o primeiro são as nossas taxas de juros, que vêm caindo. Essa queda se acentuou este ano, mas ela já vem caindo de um tempo para cá. E o segundo motivo são as expectativas com a economia brasileira. Então, por exemplo, se você vê um gráfico de evolução da bolsa dos últimos anos, você vai ver que essa alta acentuada começou um pouco antes das eleições, quando os agentes econômicos já começaram a ter expectativas de que ia ter uma troca de governo, talvez um governo mais pró mercado. Então, esses dois fatores foram os fatores principais que impulsionaram a bolsa.
Como você vê o momento atual do Ibovespa? Quais conselhos daria para alguém que quer investir nesse ativo?
No momento atual, a gente está em um momento de incertezas ainda, entre outras coisas, por conta da pandemia. A gente teve uma recuperação muito rápida nos mercados financeiros, daquelas perdas de março, no começo da pandemia, só que essa recuperação do mercado financeiro não foi acompanhada de uma recuperação na mesma intensidade na economia real, tanto que, agora, neste exato momento, os agentes econômicos estão super receosos, inclusive não só no Brasil, fora também. Então, se torna um momento com um pouco de incerteza, porque os ativos subiram bastante de preço e o cenário econômico está um pouco nebuloso. Então, a gente pode dizer que não é um momento claríssimo de entrar na bolsa, mas, por outro lado, a gente pode dizer que não existe momento certo de entrar na bolsa. Cada investidor, cada analista econômico tem que fazer sua análise e identificar ali as oportunidades conforme o seu método de análise. Mas, como regra geral, a gente pode dizer que o cenário atual é um cenário um pouco perigoso.
Haroldo:
O Ibovespa foi o ativo com maior rentabilidade nos últimos cinco anos, segundo levantamento da Economatica. Quais fatores influenciaram neste resultado?
Esta análise precisa de um pouco de cuidado. Vejamos:
Quando se fala que o índice nos últimos x anos foi a melhor aplicação é porque em muitos casos pode ter havido uma correção forte de uma alta fazendo com que o índice chegue a um determinado valor muito baixo, fazendo com que os anos seguintes sejam muitos bons. Porém caso o investidor tenha comprado no topo um pouco antes desta baixa pode ter que esperar muito tempo até que se recupere o preço que pagou nas suas ações. Além disto há de se considerar o tempo de espera x o quanto o investidor poderia ter ganho em outra aplicação, o que chamamos de custo de oportunidade.
Vejam o exemplo no gráfico semanal do Ibovespa (imagens no doc)
Neste exemplo vemos que o investidor que aplicou em maio de 2008 quando o Ibovespa estava no topo esperou até setembro de 2017 para ver o índice novamente no valor que estava em 2008. Ou seja, 9 anos de espera. Porém quem comprou em 2015 no o Ibovespa no fundo , não tem o que reclamar nestes últimos 5 anos. Portanto aplicar em bolsa exige conhecimento de mercado, das empresas em que se vai investir e do timing do investimento. Mas de uma forma geral a aplicação em ações traz um bom retorno a longo prazo, desde que o investidor tenha o devido cuidado em suas análises. Os fatores que influenciaram o índice nestes últimos 5 anos foi a expectativa da saída de um governo com uma orientação socialista (com problemas sérios de corrupção) , mas voltado a interferência governamental, para um governo mais pró mercado.
Como você vê o momento atual do Ibovespa? Quais conselhos daria para alguém que quer investir nesse ativo?
O atual momento é de cautela, porém deve-se procurar oportunidades. Existem ainda ações que estão muito abaixo de seu preço justo, pelo problema pontual da COVID e outras que já subiram bastante. A hora é de buscar estas oportunidades, pois creio que quando a vacina sair muitas empresas passarão a ter uma melhor performance com melhora de seus lucros.
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