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Resumo da semana: IPCA, Fomc e Petrobras foram destaque

Resumo da semana: IPCA, Fomc e Petrobras foram destaque

O resumo da semana destaca a inflação que assusta no Brasil e no mundo, forçando posicionamentos mais duros dos bancos centrais.

Destaca também as definições quanto às indicações na Petrobras (PETR3, PETR4), que vinham causando receio no mercado, mas tiveram um desfecho considerado técnico e, por isso mesmo, positivo.

Confira o que mais aconteceu no resumo da semana.

Resumo da semana no Brasil

Inflação assusta

inflação oficial do país (IPCA) veio bem acima do que o mercado projetava: 1,62% em março, após ficar em 1,01% em fevereiro. A expectativa era por leitura de 1,35%.

Esse foi o maior resultado para o mês de março desde 1994 (42,75%), antes da implantação do real.
No ano, o indicador acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%. Os principais impactos vieram dos transportes (3,02%) e de alimentação e bebidas (2,42%).

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IPCA: no mês e em 12 meses. Fonte: IBGE

Tá, mas e aí? O que isso diz para o investidor?

Com o IPCA vindo acima da projeção, aumentam as apostas de que a Selic, taxa básica de juros, terá que ir além dos 12,75% ao ano (já contratados para maio).

Grande parte do mercado estima que ela estacione acima dos 13% no meio do ano e por lá fique até o ano que vem.

Resumo da semana: projeções para IPCA. Fonte: EQI Asset

Para o investidor, a sinalização do final do ciclo de alta da Selic já dá pistas de para onde mirar a partir de agora: prefixados, títulos atrelados ao IPCA, ações de valor, dólar e alongamento de prazo dos títulos via mercado secundário.

Sobre tudo isso, Valter Manfro, head de operações estruturadas da EQI Investimentos e Denys Wiese, economista-chefe e head de renda fixa, falaram no EQI Talks de quinta-feira (7), cujo tema foi “Oportunidades de Investimentos”.

Definição na Petrobras (PETR3, PETR4)

O Ministério de Minas e Energia confirmou a indicação de José Mauro Coelho Ferreira, ex-secretário de Petróleo e Gás da pasta para a presidência.

Para a presidência do Conselho de Administração, foi indicado Márcio Andrade Weber, que já integra o conselho desde o ano passado. A Assembleia da Petrobras para aprovar os nomes acontece dia 13.

As novas indicações aconteceram depois das desistências de Adriano Pires e Rodolfo Landim.

Petrobras

José Mauro Coelho Ferreira, indicado à presidência da Petrobras. Fonte: Agência Brasil

Fim da bandeira verde

fim da bandeira verde de energia vale a partir do dia 16 e foi anunciado, via Twitter, pelo presidente Jair Bolsonaro.

Desta forma, o governo federal põe fim ao alerta de escassez hídrica nas contas de luz, que foi criado ano passado após a pior seca no sistema elétrico em 91 anos. A medida representava um impacto de R$ 14,20 por cada 100 megawatts-hora (MWh) consumido.

União da terceira via?

No campo político, União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania decidem se unir e podem lançar uma candidatura única para representar a terceira via nas eleições de outubro.

A chapa deverá ser encabeçada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), com Eduardo Leite (PSDB) como vice.

Já o PSB oficializou o nome de Geraldo Alckmin como vice de chapa de Luiz Inácio Lula da Silva.

Projeção para o dólar revista para baixo

O BTG Pactual (BPAC11) revisou neste mês sua projeção do dólar para o final de 2022 para R$ 4,80, principalmente pelo forte fluxo estrangeiro através das contas financeira (juros) e comercial (exportações).

A previsão anterior, de março, era que o dólar estivesse cotado a R$ 5,40 até o fim do ano. Em janeiro e fevereiro a previsão era de que o ano encerrasse com o dólar cotado a R$ 5,60.

Projeção para o dólar. Fonte: BTG

Resumo da semana no exterior

Fed hawkish

Repercute no mercado o tom mais hawkish do Federal Reserve (Fed), banco central americano, ao divulgar a ata da última reunião do Fomc, comitê de política monetária de lá.

O documento apontou que os membros do Fomc consideram necessária a alta de 0,5 ponto porcentual nos juros na próxima reunião de 4 de maio.

Também foi indicado que o ajuste no balanço patrimonial (quantitative tightening) do Fed deve ser de US$ 60 bilhões/mês para Treasuries e US$ 35 bi/mês para MBS (hipotecas), num processo que deve atingir um pico de US$ 95 bi/mês em cerca de 3 meses a partir de maio.

Para o BTG Pactual (BPAC11), os próximos passos do Fed devem ser quatro altas de 0,50 ponto, mais duas altas de 0,25 até dezembro (ou seja, taxa de 2,75% a 3% em 2022). Para 2023, o banco prevê mais quatro altas de 0,25, com taxa terminal de ciclo entre 3,75% e 4%.

Resumo da semana: cenário para juros nos EUA. Fonte: BTG

Tá, mas e aí, o que isso diz ao investidor?

Vale lembrar que, no Brasil, o ciclo de alta da Selic, taxa básica de juros está próximo do fim, com mais 1 ponto porcentual aguardado para maio (chegando a 12,75%). Para 2023, é aguardada Selic a 9%.

Com isso, reduz-se o diferencial de juros entre os dois países, o que deve resultar em retorno de parte do capital estrangeiro para os treasuries dos EUA, considerados mais seguros.

Covid de volta ao cenário

Na China e no Reino Unido, o surgimento de novas variantes da Covid-19 trazem o coronavírus de volta ao cenário.

A OMS informou que uma variante híbrida de duas cepas da ômicron, BA.1 e BA.2, detectada pela primeira vez no Reino Unido e batizada XE pode ser a mais contagiosa já vista – porém, ao que tudo indica até aqui, menos letal.

Guerra longe do fim

Uma estação de trem lotada foi bombardeada no leste da Ucrânia, e ao menos 50 pessoas morreram, colocado ainda mais horror no noticiário da guerra.

Na semana, a Rússia foi acusada de crimes de guerra e suspensa do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Os EUA impuseram novas sanções à Rússia, inclusive atingindo duas filhas de Vladimir Putin.