O país ganharia uma espécie de “selo de qualidade” internacional
A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) foi fundada em Paris em 1961. Atualmente ela reúne 36 países, sendo que a grande maioria deles representam economias desenvolvidas, como Estados Unidos, Japão e países da União Europeia. Mas nem por isso países emergentes ficam de fora, como é o caso do Chile e do México.
A organização, conhecida como o “clube dos ricos” tem como principal objetivo promover a cooperação e discussão de políticas públicas a fim de promover o desenvolvimento econômico de seus países-membros.
Em 2017, o Brasil oficializou o pedido de entrada na OCDE que ainda segue em tramitação. O país busca através dessa iniciativa melhorar sua visibilidade no cenário internacional. A partir disso, poderia se valer de uma série de benefícios exclusivos aos participantes da organização.
As regras estabelecidas pela OCDE para a entrada do país no “clube dos ricos” vêm sendo cumpridas com rigor.
Ainda falta muita coisa a fazer, mas o fato é que o Brasil está comprometido em fazer sua parte. Cabe pontuar ainda os prós e os contras da entrada no “clube dos ricos”.
Pontos positivos da entrada na OCDE
- Favorece os investimentos internacionais
- Impulsiona as exportações
- Aumenta a confiança dos investidores e das empresas
- O Brasil ganharia uma espécie de “selo de qualidade” internacional
- Melhora da imagem do país no exterior, propiciando o diálogo com economias desenvolvidas
- Facilita a captação de recursos no exterior a taxas de juros com baixo custo, ou seja, diminui o custo de captação de empréstimos
- Possibilita a realização de acordos bilaterais ou multilaterais
- Melhora a gestão interna do país, com maior controle dos gastos públicos
Pontos negativos de entrada na OCDE
- A simples entrada na OCDE não é suficiente para atrair investimentos estrangeiros para o Brasil
- O país teria que renunciar ao tratamento especial que recebe da OMC por ser um “país em desenvolvimento”. Entre os impactos disso, subsídios e prazos extensos em negociações poderiam ser cortados.
- O Brasil teria que abrir mão de uma possível liderança junto aos países em desenvolvimento e pobres, reunidos no grupo dos 77
- Entrar na OCDE tem seus custos. Cada país contribui financeiramente com um valor correspondente ao tamanho de sua economia. O valor da contribuição brasileira ainda não foi divulgado, mas para se ter uma ideia, segundo fontes do jornal valor econômico, somente os EUA contribuem com mais de 80 milhões de euros.
Sem dúvida alguma a entrada na OCDE pode melhorar a imagem do país no exterior, favorecendo o diálogo com economias desenvolvidas e dando mais credibilidade a nossa nação.
Além de atrair capital externo e consequentemente melhor os indicadores macroeconômicos como taxa de desemprego e nível de endividamento.
Mas a verdade seja dita, não se pode atribuir a OCDE a salvação da lavoura. Não adianta nada ganhar o selo de qualidade internacional se o país não continuar seu processo de desenvolvimento econômico.
Para isso precisa dar continuidade à reformas econômicas, políticas e fiscais necessárias para colocar o país em um patamar superior de desenvolvimento.
- Quer investir com mais assertividade? Então, clique aqui e fale com um assessor da EQI Investimentos!
- Aproveite e baixe nossos materiais gratuitos. Para participar do nosso canal do Telegram e ser informado com todas as novidades sobre educação financeira, economia e finanças, basta clicar aqui.